segunda-feira, 1 de abril de 2024

Não é história do 1º de abril: o calendário de 13 meses

 Em 1902, um contabilista britânico, Moses B. Cotsworth, propõs acabar com a bagunça dos calendários, criando um calendário fixo internacional, com 13 meses de 28 dias, com um dia extra no fim do ano, entre 28 de dezembro e 1º de janeiro. Este seria o "dia do ano", 29 de dezembro, mas não se confunde com o bissexto, pois é recorrente: o dia bissexto ficaria entre 28 de junho e o 1º dia do mês sobressalente, que o autor denominou "Sol", que ficaria bem no meio do ano, antes de julho. O início do mês proposto estaria próximo do solstício de verão, no Hemisfério Norte (o dia 1º de Sol equivale ao dia 18 de junho). 

Parece que a ideia conquistou, logo de cara, pessoas importantes, como o dono da Kodak, George Eastman, e o físico alemão Albert Einstein. E outras pessoas se animaram, pois esse calendário é fixo e todos os dias ficam em posições fixas. Assim, o ano sempre começa num domingo, 1º de janeiro. E os meses, tendo 28 dias, também começariam num domingo, e terminariam num sábado. Ou seja, todo dia 2 é segunda, dia 3 é terça, e assim por diante. Haveria sextas-feiras 13 todo mês, mas o autor não se interessava em superstições. 

Este calendário se harmonizaria melhor com os calendários lunares usados em algumas culturas, como a islâmica. 

O chamado calendário de Cotsworth chegou a ser proposto para adoção, na Sociedade das Nações, a precursora da ONU, mas a II Guerra Mundial acabou com os planos, pois os combates eram prioritários. Quando o conflito terminou, a ONU não quis saber do projeto, mas a Kodak adotou o calendário fixo até 1989. 

Este novo calendário, com o mês "Sol" bem no meio, daria certo? (Divulgação)


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