segunda-feira, 15 de abril de 2024

Mais próximo do indesejável?

No fim de semana, chegamos a um ponto perigoso com o conflito direto entre Israel e Irã. Após o temerário ataque à embaixada do Irã em Damasco, algo que significa uma agressão à soberania de um país, Teerã mandou centenas de drones e mísseis e, se não fosse pelo eficiente sistema de defesa israelense, haveria muitas mortes e estragos. 

Israel e Irã nunca chegaram a trocar ataques militares diretos (Agência Brasil)

Isso tudo gerou medo de uma escalada da guerra. Em tese, isso levaria facilmente à temida Terceira Guerra Mundial, mas o governo de Israel preferiu adiar um ataque direto ao país inimigo como retaliação. Preferiu apontar a agressão à ONU, que se dividiu. Os Estados Unidos, a França, a Alemanha, o Reino Unido e as potências ocidentais atacaram o regime dos aiatolás, enquanto a Rússia, a China, o Brasil e os países árabes foram dúbios, recebendo fortes críticas das comunidades judaicas por isso. 

Um confronto entre os dois países não é tão fácil, porque os dois são potências nucleares, e as instalações atômicas são de difícil acesso. O Irã, por exemplo, possui usinas nucleares espalhadas pelo seu território relativamente grande, maior que o Estado do Amazonas. Mesmo com um território pequeno, Israel consegue esconder suas ogivas, e não depende de energia nuclear. 

Ataques diretos também são dificultados pela distância entre os dois países. Os mísseis e os aviões de combate precisam sobrevoar o espaço aéreo de outros dois países (Síria ou Jordânia, e Iraque). Seria mais fácil um trabalho envolvendo os serviços de inteligência, inclusive com o uso de hackers para sabotar os programas de controle dos sistemas de energia e defesa. 

Isso poderia dificultar o alastramento do conflito, mas sempre há o emprego de aliados, como as forças americanas e européias de um lado, e os grupos terroristas islâmicos como o Hizbollah, os houthis e o próprio Hamas de outro. Não é nada bom para o andamento dos negócios no mundo, e eles já correm para evitar economias de alto risco como a do Brasil: a Bovespa vem apresentando quedas nos últimos dias e o dólar está em alarmantes R$ 5,18. 

Preparemo-nos para fortes acontecimentos. 

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