Devido à pandemia, os preços de quase tudo encareceram e houve um desequilíbrio na economia global, piorado com o conflito entre Ucrânia e Rússia em 2022.
Pelo menos no setor de eletrônicos, parece haver certa normalização. Novos produtos foram desenvolvidos, com destaque para as tecnologias de litografias menores: a TSMC, mais destacada fabricante de chipsets para aparelhos celulares, está trabalhando com 3 nm (1 nm = 0,000000001 m, ou um milionésimo de milímetro). Isso abre espaço para a queda dos preços dos produtos com litografias maiores, embora fossem de alto desempenho em anos anteriores.
As fabricantes foram muito prejudicadas devido à falta de pessoal, afetando a disponibilidade de componentes semicondutores necessários para a produção dos chipsets e outras peças.
Voltamos, assim, a ter produtos realmente interessantes a preços convidativos. Por pouco mais de R$ 1.000,00, é possível comprar aparelhos como o Redmi Note 13, produto da Xiaomi com bom acabamento, som estéreo, câmera principal de 108 Mp e chipset Snapdragon 685. Durante a pandemia, os preços estavam ruins, e os consumidores eram obrigados a conviver com produtos de desempenho bastante baixo, vendidos pelo preço citado.
Redmi Note 13, considerado um aparelho intermediário da chinesa Xiaomi (Divulgação) |
O preço dos computadores e notebooks também voltou a ficar melhor, em parte por causa da queda da demanda. Durante a pandemia havia muita procura por causa do home office. Com o fim do distanciamento social e a volta ao trabalho presencial, pelo menos na maioria dos prestadores de serviços, houve menos pressão. Por cerca de R$ 2.000,00, temos de novo aparelhos decentes para fazer além de navegar na Internet e fazer videoconferências.
Existe, porém, o perigo de surgirem novas pandemias semelhantes, e outros perigos como as tempestades solares e um possível alastramento dos conflitos, capazes de nos colocar novamente em perigo, e a privação de usufruir de produtos eletrônicos melhores talvez ficará entre os menores problemas.
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