segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Discussão sobre 6x1 deve ser discutida de outra forma

A chamada jornada 6x1, ou seja, seis dias de trabalho e um de descanso por semana, está em discussão no Congresso, com base na proposta de uma PEC da deputada Erika Hilton (PSOL-SP). 

Ela consta na CLT, o que é questionável, pois dá força de lei a algo que poderia ser flexibilizado. Porém, a simples abolição deste esquema de trabalho, também por força de lei, não pode ser aceita, por impor uma outra jornada fixa, de 36 horas semanais com 4 dias de trabalho. 

Cada empresa ou prestadora de serviços possui uma exigência de trabalho, que poderia ser definida internamente, evitando, porém, a superexploração dos trabalhadores. Para isso servem os sindicatos. Poderia ser flexível, de acordo com a carga de trabalho requerida. Segundo um estudo de 2020 pela Cisco, 88% dos trabalhadores preferem uma jornada sem horários fixos. Isso daria mais tempo para o trabalhador curtir a família, o lazer e as atividades sociais e religiosas, poupando-o do desgaste excessivo, favorecendo, inclusive, a produtividade, pois funcionários descansados e motivados se dedicam melhor aos seus serviços. 

O assunto, no Congresso, é tratado como questão política, e não técnica. Partidos como o PSOL e o PT querem a troca da legislação atual com base em uma leitura onde os empresários são vistos como exploradores e os trabalhadores como oprimidos. Por outro lado, os partidos mais conservadores acabam defendendo a CLT, uma herança do getulismo. 

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