Para a investigação da famigerada tentativa de golpe de Estado abortada antes de entrar em prática, a Polícia Federal indiciou 35 pessoas, entre elas os generais Braga Netto e Augusto Heleno, o delegado Alexandre Ramagem e o próprio Jair Bolsonaro.
Boa parte aposta que isso é apenas uma demonstração do particular apreço da Justiça brasileira e do governo para preservar a democracia, mas eles próprios são acusados de miná-la, com as irregularidades cometidas, como manter presos manifestantes de oposição vistos como "golpistas", quando na verdade apenas exerciam o jus sperniandi nas portas dos quartéis, alguns bem longe dos prédios dos Três Poderes invadidos e vandalizados no 8/1.
Alguns falam até em futuros atos do presidente eleito norte-americano Donald Trump para sancionar o Brasil por perseguições à oposição, mas ele provavelmente não faria nada para violar a soberania do nosso país. No máximo, imporia dificuldades para os produtos brasileiros e ficaria de olho na política externa e comercial do governo Lula. Certamente, os acordos comerciais recentes feitos com Xi Jinping no palácio da Alvorada já geram interesse de Washington, mesmo sendo o presidente, ainda, Joe Biden.
Não é pouca coisa e Lula não será bem tratado pela Casa Branca como está sendo agora, mas a princípio Bolsonaro vai precisar se virar sem o "main man" mesmo após janeiro.
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