segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Lula quer recuperar a sua imagem

O presidente Lula quer recobrar a imagem de grande estadista e tentar vender a imagem de um Brasil relevante no cenário internacional, mesmo após ter sua imagem arranhada por sua implicação em dois esquemas de corrupção gigantescos e ser preso por uma das menores acusações pelas quais foi submetido, e considerado culpado. 

Para isso, ele conta com boa parte da imprensa, assumidamente no papel de vender secos e molhados, deixando de fazer críticas mais contundentes temendo um inimigo comum (o bolsonarismo). Mas até mesmo a mídia mais pravdiana se incomodou com o comportamento da primeira-dama, Janja da Silva, xingando Elon Musk de forma mais inconsequente e leviana possível, durante o seu evento para promover a música contra a fome no mundo (vulgo "Janjapalooza"). 

Contudo, no caso pessoal dele, vale ser cúmplice do "cara" (apelido dado pelo ex-presidente Barack Obama a Lula), e colaborar para o projeto de tornar o Brasil importante, pelo menos de acordo com o PT. O evento do G20 no Rio de Janeiro foi visto como um ensaio para o governo brasileiro exibir o seu alegado poder, fazendo aprovar um texto contra a guerra entre Israel e o terror islâmico (mostrando o primeiro, e não o segundo, como principal agressor) e a favor da taxação dos milionários. Lula conseguiu convencer 82 países, entre os quais Estados Unidos (pelo menos enquanto Donald Trump não for empossado), Canadá, México, China, Japão, Cingapura, Arábia Saudita, Emirados Árabes, países europeus,boa parre dos países africanos e até a Argentina, que aderiu no último momento, para surpresa de todos. A Rússia, considerada aliada do governo brasileiro, não aderiu até o momento. 

Algo também de grande repercussão foi a série de fotos onde Lula apareceu com vários outros chefes de Estado. Apesar de veículos como a Folha destacarem a feição sisuda (soturna seria o termo mais adequado) de Lula posando com Javier Milei, o presidente da Argentina, as outras fotos, tidas como "sorridentes", na verdade não parecem muito melhores. 

Lula com Gabriel Boric (Chile), Cyril Ramaphosa (África do Sul), Emanuel Macron (França), Joe Biden (EUA), Javier Milei (Argentina), Giorgia Meloni (Itália), Shigeru Ishiba (Japão), Keir Starmer (Grã-Bretanha) e Narendra Modi (Índia) (Ricardo Stuckert/PR)


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