segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Estamos repetindo 2015!

Os reservatórios estão baixos de forma preocupante, não tanto devido à estiagem, mas principalmente à nossa crônica dificuldade para aprender as lições de anos passados. 

Continuamos a despejar lixo, usar mangueira no lugar de vassoura para limpar a calçada, e nos descuidamos dos mananciais, permitindo as ocupações irregulares das margens das represas. Isso tudo, somado ao aumento da evaporação causado pelo calor fora de hora, seja pelo aquecimento global (esse termo usado mais como mantra de militantes do que de estudos ambientais sérios) ou pelas tempestades solares, levou à situação próxima à de 2015, quando fomos obrigados a beber água vinda da chamada "reserva técnica", ou, usando o termo mais pejorativo, "volume morto", normalmente do fundo das represas componentes do sistema Cantareira. O uso dessa reserva indica que o nível, na prática, estava negativo. 

A Sabesp tem feito campanhas pelo uso racional da água, mas isso é insuficiente para a conscientização, pois o desperdício e a má gestão continuam. 

Agora, o Cantareira está em preocupantes 23%, não muito longe da "reserva técnica". O Guarapiranga está numa situação melhor, pois vem chovendo muito na capital paulista, mas também não se pode abusar dele: são apenas 47%. Outros sistemas hídricos, em geral, ficam em situação intermediária, entre esses dois extremos. A exceção é o Alto Tietê, com seus parcos 22%.