Agora que Dilma Rousseff foi eleita presidente do Brasil, é preciso fazer uma breve análise dos governadores eleitos agora.
- Distrito Federal: Agnello Queiroz (PT)
- Goiás: Marconi Perillo (PSDB)
- Alagoas: Teotônio Vilela Filho (PSDB)
- Paraíba: Ricardo Coutinho (PSB)
- Piauí: Wilson Martins (PSB)
- Pará: Simão Jatene (PSDB)
- Amapá: Camilo Capiberibe (PSB)
- Rondônia: Confúcio Moura (PMDB)
- Roraima: Anchieta (PSDB)
Desses nomes, nada menos que quatro serão futuros opositores ao governo federal. Porém, só um, Marconi Perillo, terá força para dificultar a ação do PT, devido à força de seu estado, Goiás. Os demais comandarão estados cuja economia os forçará a negociar com Brasília. Vale ressaltar a derrota dos Roriz no Distrito Federal para o petista Agnello Queiroz, o que será muito bom para a Dilma (para o Brasil, talvez, porque os Roriz saíram finalmente do poder mas quem vai comandar o coração do Brasil é um petista).
Entre os governadores já eleitos no primeiro turno, recapitulemos:
Acre | Tião Viana | PT |
Amazonas | Omar Aziz | PMN |
Mato Grosso | Silval Barbosa | PMDB |
Mato Grosso do Sul | André Puccinelli | PMDB |
Tocantins | Siqueira Campos | PSDB |
Maranhão | Roseana Sarney | PMDB |
Ceará | Cid Gomes | PSB |
Rio Grande do Norte | Rosalba Ciarlini | DEM |
Pernambuco | Eduardo Campos | PSB |
Sergipe | Deda | PT |
Bahia | Jaques Wagner | PT |
São Paulo | Geraldo Alckmin | PSDB |
Minas Gerais | Antonio Anastasia | PSDB |
Rio de Janeiro | Sérgio Cabral | PMDB |
Espírito Santo | Renato Casagrande | PSB |
Paraná | Beto Richa | PSDB |
Santa Catarina | Raimundo Colombo | DEM |
Rio Grande do Sul | Tarso Genro | PT |
Dilma terá facilidade na maioria dos estados, mas enfrentará forte oposição de estados importantíssimos, como Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo, potenciais freadores dos impulsos petistas.
No Congresso recém-formado, Dilma terá maioria confortável para aprovar seus projetos. Como eu já escrevi em post anterior, a maior parte da Câmara e do Senado é formada de partidos aliados do PT (isso inclui o PP e o PMDB, partidos notórios pelo adesismo):
O que os gráficos não dizem é que a maior parte dos futuros oposicionistas estão nos Estados mais influentes e de maior poderio econômico. Logo, a vida da futura presidente não será assim tão fácil.
Ainda mais com a atuação do Judiciário, que contribuiu para o governo não cair totalmente na ilegalidade e impõs vários revezes ao Executivo (e, como Dilma não tem a mesma força e carisma de Lula, ela não terá outra saída a não ser acatar o STF quando este julgar inconstitucionais determinadas atitudes dela). E a imprensa, o quarto poder, responsável pelas denúncias dos vários casos de corrupção nos últimos oito anos. Sem falar na complexidade da nossa sociedade, que não vai aceitar um regime como o de Chávez ou de Evo Morales, os "muy amigos" de Lula.
O Brasil vai sobreviver a Dilma? Com certeza. Agora, se o governo da futura dama-de-ferro tupiniquim vai ser um sucesso, não é possível sequer especular. Apenas depois, e muito depois, do dia primeiro de janeiro de 2011.