A onda da 'Tropa de Elite' voltou, graças ao lançamento do segundo filme, estrelado não pelo capitão, mas pelo coronel Nascimento.
Vai haver outra vez aquela profusão de bordões do Bope, a tal 'Tropa de Elite' do Rio de Janeiro: 'Pede pra sair', 'Moleque', 'Faca na caveira', etc., etc.
O filme não é para quem quer se distrair com uma história leve. Tem violência, tiroteio e cenas de tortura. Efeitos especiais hollywoodianos, dignos de um trabalho americano parecido (o famigerado 'Os Mercenários') para irritar os defensores do cinema como arte. E desta vez os inimigos não são apenas os traficantes, e sim as milícias e os políticos corruptos.
Por causa do enfoque político, muita gente vai achar que o segundo "Tropa" é ainda mais fascista do que o primeiro. E muitos vão querer proclamar o Capitão, digo, Coronel Nascimento como presidente do Brasil (isso não passa de brincadeira, já que é impossível).
O coronel Nascimento de "Tropa de Elite 2", vivido por Wagner Moura
Independente da polêmica, isso mostra o vigor do cinema brasileiro. Porém, o país ainda espera por um trabalho realmente consistente, digno de receber o Oscar de melhor estrangeiro. Pois muitas produções ainda são tão deprimentes que merecem, por outro lado, o Golden Raspberry (Razzie) Awards (o anti-Oscar), único prêmio satírico que o Brasil ainda não recebeu (os outros foram o igNobel e o Darwin Awards, ganhos em 2008). Como já escrevi anteriormente, 'Lula, o Filho do Brasil' merecia o Razzie, e não o Oscar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário