Quem vai ganhar? Um deles. Quem disse o que realmente vai fazer? Nenhum deles.
O Brasil precisa realmente seguir o caminho do desenvolvimento e do progresso, e o que se vê na campanha do segundo turno não parece ser favorável a isso.
Temos muitas propostas que parecem amparadas demais aos dogmas das religiões, não só o catolicismo mas também o neo-pentecostalismo crescente no Brasil. Nada contra as religiões, mas atrelar a política à religião é um retrocesso digno do século XVII.
Está faltando também mais ênfase às conquistas obtidas nos últimos 16 anos, quando o Brasil emergiu de um traumático período de trevas (1964-1992), isto é, os governos militares, de José Sarney e de Fernando Collor, onde a liberdade foi cerceada e foi restabelecida num período inflacionário que corroeu o dinheiro e forçou a adoção de políticas econômicas tanto inúteis quanto prejudiciais à Nação. Depois, seguiu um período de transição, marcado pelo governo Itamar Franco, até chegarmos a um período mais favorável, o atual. Neste período, a inflação foi controlada, a educação melhorou (mas precisa ainda melhorar muito), o Brasil foi adquirindo respeito internacional (aos trancos e barrancos, diga-se) e houve grandes avanços na área tecnológica (apesar de uma falta de uma política para estimular a tecnologia nacional). O Brasil teve motivos para se orgulhar de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Luís Inácio da Silva (Lula).
Dilma Rousseff ainda não mostrou o que vai realmente fazer. Ela foi chefe da Casa Civil, ou seja, adquiriu experiência administrativa nos últimos anos, mas ainda está longe de alcançar o currículo de José Serra, ministro da Saúde, prefeito da cidade de São Paulo e governador paulista. Continua atreladíssima a Lula, e não se sabe se vai conseguir administrar um país tão complexo (e complexado após 510 anos de história) sem o seu grande mestre.
Por outro lado, Serra ainda não perdeu o jeitão elitista e, em carisma, perde não só de Lula, mas também de FHC, e empata com Dilma neste ponto. Ele ainda está fazendo promessas para tentar atrair os eleitores de baixa renda e se atrelando a questões como o aborto (assim como a rival petista). Mas não tocou no assunto das reformas (política, previdenciária, trabalhista, estrutural), e isso um eventual governo do PSDB poderia fazer, já que o PT provou não mostrar o devido interesse nelas. Pelo menos os tucanos têm mais interesse nas reformas e não os fizeram no governo FHC porque havia a presença de ACM, Jáder Barbalho, José Roberto Arruda e outros coronéis da política no governo, e agora eles estão, em boa parte, afastados da política (ACM, definitivamente, pois faleceu em 2007). Só restam Renan Calheiros e Collor, além de outros parlamentares (talvez o Tiririca?) para atrapalharem,
Repito a pergunta: O QUE ELES REALMENTE VÃO FAZER? Parece que só vão responder ao longo do seu mandato, ou seja, da forma mais tradicional (e pior) do Brasil.
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