Não dá para acreditar em nada do que as campanhas presidenciais andam falando. Parece que os dois lados têm um gosto pela farsa e pelo embuste.
No post anterior, denunciei a falta de compostura dos partidários da Dilma Rousseff, ao agredir o candidato do PSDB José Serra. Após eu ter publicado a minha opinião, o presidente Lula ainda chamou o episódio de 'farsa', supostamente inventada pelos tucanos. Isso é uma postura mais de um chefe de quadrilha do que de um estadista.
Houve, sim, agressão a José Serra!
Não quer dizer que o pessoal da campanha do tucano seja formado de anjos. Muito pelo contrário. Também os tucanos não souberam controlar alguns correligionários que queriam jogar bexigas cheias d'água na Dilma.
É pedir demais fazer uma campanha decente, marcada por propostas concretas, respeito ao adversário e à inteligência do eleitor? De início, parece que os adversários estavam se candidatando a algum cargo eclesiástico, tal a convicção pela defesa da vida e contra o aborto (que, diga-se de passagem, é sim um crime contra a vida). Mas estamos num estado laico, segundo a Constituição, e pregar temas religiosos de forma tão hipócrita, com o único fim de angariar votos, é fazer a Carta em pedacinhos. Os dois lados fizeram isso descaradamente.
Agora o nível da campanha baixou de vez com o entrevero entre os correligionários que resultou nessa troca de acusações, os serristas acusando o PT de agredir Serra, e o Lula pessoalmente dizer que tudo não passava de farsa.
Darei graças a Deus quando isso terminar. O dia 31 de outubro - Halloween, segundo o folclore dos países de língua inglesa (EUA, Grã-Bretanha, Austrália, Irlanda) - nunca pareceu tão adequado para um segundo turno de uma eleição. As bruxas andam à solta e vão fazer a festa nesse dia.
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