domingo, 31 de outubro de 2010

O epílogo

Agora que Dilma Rousseff foi eleita presidente do Brasil, é preciso fazer uma breve análise dos governadores eleitos agora. 


            - Distrito Federal: Agnello Queiroz (PT)
            - Goiás: Marconi Perillo (PSDB)
            - Alagoas: Teotônio Vilela Filho (PSDB)
            - Paraíba: Ricardo Coutinho (PSB)
            - Piauí: Wilson Martins (PSB)
            - Pará: Simão Jatene (PSDB)
            - Amapá: Camilo Capiberibe (PSB)
            - Rondônia: Confúcio Moura (PMDB)
            - Roraima: Anchieta (PSDB)

Desses nomes, nada menos que quatro serão futuros opositores ao governo federal. Porém, só um, Marconi Perillo, terá força para dificultar a ação do PT, devido à força de seu estado, Goiás. Os demais comandarão estados cuja economia os forçará a negociar com Brasília. Vale ressaltar a derrota dos Roriz no Distrito Federal para o petista Agnello Queiroz, o que será muito bom para a Dilma (para o Brasil, talvez, porque os Roriz saíram finalmente do poder mas quem vai comandar o coração do Brasil é um petista).

Entre os governadores já eleitos no primeiro turno, recapitulemos:

Acre Tião Viana PT
Amazonas Omar Aziz PMN
Mato Grosso Silval Barbosa PMDB
Mato Grosso do Sul André Puccinelli PMDB
Tocantins Siqueira Campos PSDB
Maranhão Roseana Sarney PMDB
Ceará Cid Gomes PSB
Rio Grande do Norte Rosalba Ciarlini DEM
Pernambuco Eduardo Campos PSB
Sergipe Deda PT
Bahia Jaques Wagner PT
São Paulo Geraldo Alckmin PSDB
Minas Gerais Antonio Anastasia PSDB
Rio de Janeiro Sérgio Cabral PMDB
Espírito Santo Renato Casagrande PSB
Paraná Beto Richa PSDB
Santa Catarina Raimundo Colombo DEM
Rio Grande do Sul Tarso Genro PT

Dilma terá facilidade na maioria dos estados, mas enfrentará forte oposição de estados importantíssimos, como Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo, potenciais freadores dos impulsos petistas.

No Congresso recém-formado, Dilma terá maioria confortável para aprovar seus projetos. Como eu já escrevi em post anterior, a maior parte da Câmara e do Senado é formada de partidos aliados do PT (isso inclui o PP e o PMDB, partidos notórios pelo adesismo):




O que os gráficos não dizem é que a maior parte dos futuros oposicionistas estão nos Estados mais influentes e de maior poderio econômico. Logo, a vida da futura presidente não será assim tão fácil.

Ainda mais com a atuação do Judiciário, que contribuiu para o governo não cair totalmente na ilegalidade e impõs vários revezes ao Executivo (e, como Dilma não tem a mesma força e carisma de Lula, ela não terá outra saída a não ser acatar o STF quando este julgar inconstitucionais determinadas atitudes dela). E a imprensa, o quarto poder, responsável pelas denúncias dos vários casos de corrupção nos últimos oito anos. Sem falar na complexidade da nossa sociedade, que não vai aceitar um regime como o de Chávez ou de Evo Morales, os "muy amigos" de Lula.

O Brasil vai sobreviver a Dilma? Com certeza. Agora, se o governo da futura dama-de-ferro tupiniquim vai ser um sucesso, não é possível sequer especular. Apenas depois, e muito depois, do dia primeiro de janeiro de 2011. 

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