sábado, 23 de outubro de 2010

As revistas militantes

Podem argumentar que, nos EUA ou na França, isso é feito. Mas é uma prática feia a das revistas de informação semanal de São Paulo: Veja e IstoÉ, para alavancarem as vendas, fazem o papel de porta-vozes de campanha. Vejam as capas disponíveis nos respectivos sites (www.veja.com.br e www.istoe.com.br): 




A revista Veja é a maior do país e não é por acaso, devido à competência da equipe da Editora Abril. Mas sempre foi criticada por reportagens muitas vezes tendenciosas e conservadoras, expressando opiniões que não raro são impertinentes. Desde o começo do governo Lula faz oposição cerrada, chegando até a insinuar, certa vez (em 2005), que o Brasil estaria ficando mais "burro" por causa das ações do governo do líder petista. É a voz dos tucanos na campanha eleitoral. 

Já a revista IstoÉ foi sempre a maior rival da precedente, apesar de sua tiragem não chegar nem à metade. Gosta de alardear sua independência, mas ultimamente anda fazendo o papel de porta-voz dos petistas. Será apenas para fazer rivalidade à Veja

As duas andam fazendo uma cobertura bem parcial dessas eleições. A Veja destaca os escândalos da equipe de Dilma e a IstoÉ faz a mesma coisa em relação a Serra. E nenhuma delas faz o devido esclarecimento dos escândalos dos candidatos que apóiam de forma despudorada.

É preciso fazer uma leitura crítica dessas duas revistas e não se deixar influenciar por nenhuma delas. Claro que jornais e revistas têm o direito, como todo cidadão, de expressar o que pensam. Porém, como formadores de opinião, precisam ser muito criteriosos. Ou não formarão leitores, e sim militantes de um ou outro partido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário