O programa Roda Viva, da TV Cultura, é um caso estranho: único programa de pouca audiência - aliás, uma audiência muito seleta, formada majoritariamente por pessoas das classes A e B - que consegue influenciar pessoas e ter repercussão nacional. E está há 25 anos convidando pessoas cujo poder sobre a opinião pública é sempre grande.
Desde setembro de 1986, quando a democracia ainda estava em formação em nosso país, o programa já passou por várias reformulações, teve vários apresentadores, sendo o mais frequente o jornalista Heródoto Barbeiro, e convidou várias pessoas importantes para o debate.
Desde setembro de 1986, quando a democracia ainda estava em formação em nosso país, o programa já passou por várias reformulações, teve vários apresentadores, sendo o mais frequente o jornalista Heródoto Barbeiro, e convidou várias pessoas importantes para o debate.
Não só políticos, mas também intelectuais, artistas, esportistas e até publicitários já foram "interrogados" pelos jornalistas e submetidos a perguntas muitas vezes embaraçosas para exporem seus pontos de vista. Celebridades internacionais também foram ao programa, como Peter Arnett (ex-âncora da CNN), Pedro Almodóvar, Domenico de Masi, Noan Chomsky, José Saramago e outros.
Houve pérolas como a discussão entre o já falecido ex-governador Orestes Quércia e o jornalista Rui Xavier, de O Estado de S. Paulo, que entraram para o folclore político. E também algumas crises. A mais recente foi causada pela saída da última apresentadora, Marília Gabriela, somada com a crise financeira da Rede Cultura, dependente das verbas do governo paulista para se manter.
Espero que o Roda Viva continue no ar por outros 25 anos. Ele é uma referência entre os programas da TV aberta, infestada de programas de gosto duvidoso.
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