A morte de Gabriel García Márquez, um dos maiores escritores latinos-americanos de todos os tempos, de certa forma era esperada devido à idade e à doença (câncer), embora muitos estejam lamentando a perda, realmente muito grande para esta parte do continente tão necessitada de tudo.
Cem Anos de Solidão lançou o nome de García Márquez para o mundo inteiro. Retrata duas famílias de uma cidade fictícia chamada Macondo, durante várias gerações, inaugurando o chamado "realismo mágico" em 1967, da Colômbia para o resto da América Latina, inclusive o Brasil. Os escritores se valeram do "realismo mágico" inclusive para combater as várias ditaduras no subcontinente.
O livro foi considerado tão importante que está entre os 100 melhores livros do século XX, segundo o jornal francês Le Monde. Mas não foi a única obra relevante do autor. Ele viria a escrever Crônica de Uma Morte Anunciada, O Amor em Tempos de Cólera e O General em Seu Labirinto. Em 1982, ele ganhou, com méritos, o Nobel da Literatura.
Nos últimos anos, o escritor sofria de uma demência senil semelhante ao mal de Alzheimer, impedindo-o de escrever. Porém, a doença que o mataria foi um câncer, inicialmente no sistema linfático, mas que atingiu seus pulmões.
García Márquez não deixou propriamente sucessores. Nem poderia. Mais um gigante do século XX se foi. Teremos motivos para celebrar a vinda de novos talentos na literatura, para substituir os antigos?
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