Estamos já acostumados a tratar coisas como se fossem seres viventes. É o caso de automóveis, computadores e mesmo softwares.
No primeiro caso, o dos automóveis, é comum dizer sobre "morte" de modelos apenas porque eles saíram de linha. Outros, por outro lado, falam em "aposentadoria", porque simplesmente parar a produção de um modelo de carro não significa o fim para ele. É o caso da Kombi, recém tirada de linha, mas que ainda será encontrada nas ruas brasileiras por muito tempo. Em um outro sentido, muitos falam de "aposentar" um veículo quando ele já gera muita despesa e por isso será deixado de lado até ter como destino virar sucata.
Os computadores são máquinas como os veículos, logo estão mais ou menos no mesmo caso. Porém, não se fala muito em "aposentadoria" ou "morte" de um modelo de computador porque ele não é mais fabricado. Computador não é tratado de uma forma muito pessoal, porque os modelos parecem muito iguais, mesmo quando se trata de comparar um PC com um Mac. Só discriminam, mesmo, um "desktop" de um "notebook", porque um é portátil e outro não.
Um paradoxo é tratar um software, algo sem existência física, como um ser vivente. É o caso de um sistema operacional, como o Windows XP. Ele não vai ter mais qualquer assistência da Microsoft, e portanto os computadores terão de ser atualizados para receber o Windows 7 ou o 8.1, ou, quando isso não é possível, descartados para aumentar o lixo tecnológico. Por isso, fala-se em "morte" do XP. Ou então "aposentadoria", um termo menos adequado porque o XP já não existe mais à venda. Foi um dos sistemas mais elogiados da fábrica de Bill Gates, apesar da má fama de sofrer muito de "telas azuis da morte", como acontece quando há algum problema sério. O XP virou história, mostrando que tudo precisa ter um fim, e ele veio no último dia 8.
O Windows XP "morreu" ontem, para deixar saudade. Quem ainda trabalha com esse SO, vai ter de engolir o choro e migrar para o Windows 8 (ou trocar de computador).
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