Quando os celulares foram lançados no Brasil, nos anos 90, tornaram-se logo uma sensação, mas também sinônimo de "pagar mico" na rua quando precisa usá-lo. Os aparelhos da época eram desajeitados e grandes, mal cabiam na mão. Eram chamados de "tijolões".
O antigo celular Motorola 7500, dos anos 90
Para piorar o "mico", muitos se exibiam com ele, ostentando e falando alto. Por isso, enquanto os celulares diminuíram, houve a elaboração de regras de comportamento. Por volta da virada do século, o ato de falar ao celular causou menos estranheza.
Aparelho dos anos 2000, pequeno e com mais funções do que os antigos "tijolões"
Depois, vieram os smartphones, com suas funcionalidades que caíram no gosto do público, inicialmente mais endinheirado: tela touchscreen, acesso à Internet e ás redes sociais, câmeras com mais megapixels, filmagem em alta resolução, capacidade para jogos. As telas tinham aproximadamente 3 ou 4 polegadas, tornando o aparelho confortável de usar e discreto. Começou com o iPhone, mas os Android dos concorrentes passaram a dominar o mercado. O tamanho dos aparelhos voltou a aumentar.
O iPhone 4S e o Samsung Galaxy II com suas telas touchscreen - na época deles, as telas e os aparelhos começaram a aumentar de tamanho para aumentar a comodidade (Allan Melo/Techtudo)
Chegaram os grandões tablets e os phablets, estes últimos intermediários entre os smartphones e os tablets. Os primeiros decididamente não servem como celulares, mas a função dos últimos é justamente fazer isso oferecendo também uma tela grande touchscreen. O problema é usar isso na rua, como nos antigos celulares. Ou seja, os phablets são os "tijolões" modernos.
Mesmo alguns smartphones topo de linha cresceram e ficaram próximos do tamanho dos phablets. A norma atual parece apontar para telas de 5 polegadas. Já fica difícil usar isso para telefonar sem chamar a atenção. Por incrível que pareça, alguns usuários também usam para esse fim.
Os phablets, irmãos mais novos dos smartphones, como o Nokia Lumia 1520 (acima; Felipe Ventura/Gizmodo) e o Xperia Ultra (abaixo; Adrenaline-UOL). Notem o tamanho das "crianças"
Mesmo alguns smartphones topo de linha cresceram e ficaram próximos do tamanho dos phablets. A norma atual parece apontar para telas de 5 polegadas. Já fica difícil usar isso para telefonar sem chamar a atenção. Por incrível que pareça, alguns usuários também usam para esse fim.
O Galaxy S5 não é considerado um phablet, mas um smartphone. Mesmo assim, mal cabe na mão (Androidcentral)
Aparentemente, nada vai conseguir parar a tendência de se usarem aparelhos grandes. Novas normas de etiqueta deverão ser feitas, para não se repetirem as cenas de 20 anos atrás. Aparentemente, porém, os donos desses celulares parrudos, se é que pode chamar assim, possuem bem mais motivos de ostentar seus brinquedos. Ninguém vai querer desfilar com os antigos aparelhos, que nada fazem além de telefonar.
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