A Camargo Corrêa, há bem pouco tempo, vendeu a Rainha e a Topper, marcas de calçados esportivos integrantes do grupo Alpargatas, para o ex-dono da Wisard. Fiz questão de postar o evento.
E, agora, ela vendeu todo o resto da Alpargatas para a J&F Investimentos, que controla a JBS. Ou seja, os chinelos Havaianas, as botas Sete Léguas, e os direitos da Mizuno e da Timberland, passaram a integrar um conglomerado que vende desde carne bovina até detergente, passando por xampus (Neutrox), biodiesel e laticínios (Vigor). É algo realmente digno de uma Unilever, multinacional anglo-holandesa famosa pela diversidade, em versão brasileira.
Como consequência, as ações preferenciais da Alpargatas despencaram (8%), enquanto as ações ordinárias subiram um pouco (0,7%). Desde o mês passado, quando a Camargo Corrêa estava analisando as propostas dos compradores, as ações subiram fortemente (45%). Muitos ficaram surpresos que a J&F acabou sendo a escolhida para comprar o conglomerado de calçados, mas a desvalorização foi também por ajustes feitos pelo mercado, após a forte subida recente.
Com a venda, a Camargo Corrêa tenta contornar a sua situação financeira, abalada pelas investigações na Lava Jato, e se concentra apenas no nicho mais problemático nesse sentido: o da construção civil.
Com a venda, a Camargo Corrêa tenta contornar a sua situação financeira, abalada pelas investigações na Lava Jato, e se concentra apenas no nicho mais problemático nesse sentido: o da construção civil.
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