quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Os destaques da semana

1. O papa Francisco rezou missa na sua visita aos Emirados Árabes Unidos. É a primeira vez que um chefe católico faz isso em um país muçulmano. A visita histórica tenta aproximar cristãos e muçulmanos, classificados como "irmãos" pelo pontífice. 

2. Flávio Bolsonaro, senador filho do presidente, não consegue se livrar das suspeitas, enquanto houve troca de promotores para investigar seu envolvimento com o ex-assessor Fabrício Queiroz. O primeiro, Cláudio Caio, se afastou por se declarar suspeito para fazer as investigações, devido às suas ligações com a família Bolsonaro. O novo promotor, Luiz Otávio Figueira Lopes, estava envolvido nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco, um crime ainda bem longe de estar solucionado - e prestes a completar um ano. 

3. A Bolsa acumulou recordes e chegou a beirar os 100.000 pontos, mas a realização de lucros gerou um tombo de 3,74%. A manutenção da Selic em 6,5%, quando setores do mercado previam uma ligeira diminuição neste índice, não teve influência neste resultado ruim. Foi a primeira reunião do BC no governo Bolsonaro. 

4. Em primeira instância, o ex-presidente Lula recebeu mais uma sentença, desta vez relativa ao sítio de Atibaia. Gabriela Hardt, a sucessora de Sérgio Moro, condenou-o a mais 12 anos e 11 meses de prisão, por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Como esperado, a defesa irá recorrer e considerar a juíza como suspeita para julgar o caso. 

5. Por falar em Moro, o ministro da Justiça precisou modificar o seu projeto para modificação das leis penais, exposto na postagem anterior, atendendo aos governadores que temem a superlotação de presídios e a ação de grupos criminosos com armamentos pesados, e ao Supremo Tribunal Federal, que apontou problemas quando os crimes de corrupção estão vinculados a crimes eleitorais; segundo o decano Celso de Mello, neste caso os julgamentos deveriam ser feitos pela Justiça Eleitoral, como é hoje, e não pela Justiça comum. 

6. Ontem, Donald Trump fez seu discurso anual para mais uma vez tentar enfiar goela abaixo dos congressistas (principalmente os democratas) a ideia do muro na fronteira com o México. Uma nova paralisação no governo não está descartada. O presidente americano ainda confirmou novo encontro com o ditador Kim Jong-un, da Coréia do Norte, e atacou outro ditador, o da Venezuela, Nicolás Maduro. 

7. Por fim, como não podia deixar de ser, a tragédia de Brumadinho continua a repercutir muito no Brasil e também no exterior, com a descoberta de novos corpos. Agora, oficialmente, são 150 mortos e 182 desaparecidos, números realmente terríveis. As famílias que não perderam seus entes queridos tentam compensar seus prejuízos, e nada conseguem arrancar da Vale, a empresa responsável pela destruição de propriedades e vidas. 

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