Este ano foi terrível para toda a humanidade, e com o futebol não foi diferente. Não só a pandemia prejudicou fortemente o esporte mais popular do mundo, mas também outros aspectos.
Um deles é o racismo, este comportamento inadmissível e cada vez menos visto como normal. No jogo da UEFA Champions League, entre o PSG e o Istanbul Basaksehir, o quarto árbitro, romeno Sebastian Cottescu, referiu-se de forma desrespeitosa com o auxiliar técnico do Istanbul, o camaronês Pierre Webo, dizendo frases em romeno, traduzidas como "Aquele negro aí. Vá e descubra quem ele é (...)". Webo se irritou, e o senegalês Denba Ba foi defender o seu superior, discutindo asperamente com Cottescu: "Você nunca diz 'cara branco', você diz 'cara' (...)". E recebeu o cartão vermelho por isso. Como resposta, tanto o time turco quanto o francês resolveram abandonar o jogo. Uma resposta transmitida para todo o mundo, como forma de protesto antirracista. Neymar, Mbappé e o resto do elenco do PSG deram seu recado com a ajuda do time rival.
O acusado tentou defender-se, mas empregou o argumento menos convincente para isso: "Não sou racista". Ele pode pegar até 10 jogos de suspensão, e não faltará pressão para bani-lo.
Quanto ao jogo, ele foi remarcado para hoje, com outra arbitragem, e os jogadores do PSG, após entrarem em campo vestindo camisetas com a inscrição "No to racism", derrotaram os rivais com uma goleada de 5 a 1, com hat-trick de Neymar e dois gols de Mbappé. O PSG se classificou em primeiro do grupo H, e o RB Leipzig, que eliminou o Manchester United, ficou em segundo.
Por causa do lastimável episódio, que em outros tempos seria encarado com normalidade, pouco se falou da disputa entre Messi e CR7. A Juventus castigou o Barcelona, com dois gols do português, e Messi ficou sem marcar, parado pelo goleiro Buffon e ainda atrapalhado pela má atuação dos companheiros do time catalão.
Além do racismo, a morte de gigantes do futebol mundial também marcou o mundo da bola. Duas semanas após Maradona, o ídolo italiano Paolo Rossi, considerado o "carrasco" da Seleção Brasileira e o grande responsável pelo tricampeonato da Itália na Copa do Mundo em 1982, morreu. Como Maradona, ele não foi vítima de COVID-19, mas também teve um estilo de vida ruinoso para a saúde, pois era fumante. Morreu também relativamente jovem, aos 64 anos, com um câncer que destruiu seus pulmões.
Paolo Rossi (1956-2020) em atuação no jogo Brasil x Itália, em 1982, de péssima lembrança para os brasileiros (Alessandro Sabattini/Getty Images) |
Dessa forma, este blog faz sua última postagem do ano sobre futebol. Ele irá abordar outros esportes e assuntos menos explorados, pelo resto deste ano asqueroso.
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