terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Baterias dos celulares estão maiores

Nos lançamentos recentes das grandes fabricantes de celulares, é notável a capacidade crescente das baterias. 

Antes, era comum modelos com 3.000 mAh (miliamperes-hora), mas agora um aparelho com 4.000 mAh é considerado com bateria pequena. Capacidade em torno de 5.000, como é o caso de modelos como o Redmi 9, o Poco X3 NFC, o Galaxy A21s e o Moto G9 Plus, parece ter virado um padrão, e já existem smartphones com 6.000, como o Moto G9 Power e o Galaxy M31, e até 7.000, como é o caso do Galaxy M51, testado por vários sites especializados, como o TudoCelular.com. 

O Samsung Galaxy M51 (esq.) tem a maior bateria para um celular lançado no Brasil (7.000 mAh), enquanto o Motorola G9 Power tem 6.000 mAh (Divulgação)

Quanto mais energia disponível melhor, pois agora os celulares possuem componentes - tela, processadores, memórias, GPUs (unidades de processamento gráfico), câmeras e chipsets (conjunto de circuitos integrados que controlam os diversos dispositivos)  - mais potentes, rápidos e com maior demanda. Alguns modelos funcionam com rede 5G, como os iPhones, e frequências maiores do que os habituais 60 Hz, como é o caso do Galaxy Note 20, e isso acaba forçando o usuário a procurar uma tomada ou um carregador portátil (powerbank) com mais frequência. 

Também um fator importante é a otimização do aparelho pelo software, e pelas reclamações de usuários em comentários de sites especializados, os celulares também estão bem ruins neste ponto, pois aparelhos mais novos não conseguem render como os de alguns anos atrás. Em testes do já citado TudoCelular, o Galaxy M51 não conseguiu a mesma autonomia do Moto G7 Power, modelo já fora de linha lançado com o Android 9 Pie em 2019 (os lançamentos de 2020 usam o Android 10) e bem mais modesto, com bateria de "apenas" 5.000 mAh. 

Por outro lado, baterias grandes são um desafio para o design dos aparelhos, e forçam-nos a serem mais espessos e maiores. Os celulares de hoje são verdadeiras "telhas" e isso pode piorar, caso as novas tecnologias não fiquem logo disponíveis, para substituir os polímeros de lítio. Existem várias pesquisas envolvendo nanotubos de carbono, grafeno e combinações com o ar. Isto vai beneficiar não só os celulares, mas também os computadores portáteis e os carros elétricos. 

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