A história do ENEM foi marcada por polêmicas, muitas das quais foram abordadas por este blog desde 2009. Foram casos notáveis de fraudes, questões mal formuladas e falhas na organização.
Logotipo do Enem 2021, que (felizmente) não teve a "cara do governo" Bolsonaro |
Recentemente, houve demissão em massa de profissionais do Inep, que protestaram contra uma alegada intervenção política no órgão. 35 funcionários saíram.
Isto não foi o suficiente para prejudicar o andamento do ENEM. Não houve casos notáveis de fraude, e nem grandes questionamentos sobre a qualidade das questões, a não ser o lado ideológico de algumas delas. Numa delas, na prova de Língua Portuguesa, foi mostrado o trecho de Admirável Gado Novo, de Zé Ramalho, crítica à passividade do povo brasileiro e considerada muito "esquerdista" pelo atual governo. O presidente Jair Bolsonaro e os seus apoiadores não cansou de criticar as ideologias diversas das suas.
Critérios técnicos e a arraigada formação ideológica dos formuladores das provas impediram as provas de terem "a cara do governo". Pois o ENEM não pode ser a cara de governo algum. Só precisa ser bem formulada e se pautar pela avaliação dos conhecimentos, e não das posições políticas, dos candidatos.
Esta edição do exame, criado originalmente para a avaliação da qualidade do ensino médio em 1998, foi também prejudicada pela pandemia, embora menos do que no ano passado.
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