quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Sérgio Moro vai disputar a Presidência

Recém-filiado ao Podemos, o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro vai disputar as eleições em 2022, na esperança de tirar votos de Bolsonaro e Lula. 

O momento parece favorável à retomada das pautas anticorrupção, pois as más práticas administrativas para tungar o NOSSO DINHEIRO continuam, não na mesma escala antes da eleição do atual presidente em 2018, mas ainda desviam milhões de reais por meio de tráficos de influência, "rachadinhas", compra de votos, favorecimento de parentes e aliados. A roubalheira piorou durante a pandemia de COVID-19, pois houve desvio de verbas a pretexto de adquirir oxigênio, respiradores, máscaras e outros equipamentos para hospitais, favorecendo a morte de milhares de brasileiros pelo coronavírus. 

Sérgio Moro filiou-se ao Podemos

Ainda não se sabe claramente quais as propostas de Moro para a Presidência. A falta de foco nos problemas sociais e na economia do país prejudica bastante as pretensões do ex-juiz, que também não teve uma passagem brilhante no governo quando comandou a pasta da Justiça, decepcionando muitos admiradores. Sem objetivos claros para melhorar o ensino nas escolas, as condições para o transporte de cargas e o ambiente para a criação de empregos, Moro não sustentará a popularidade por muito tempo. 

Também nao ajuda a pouca capacidade de articulação política, as ações dúbias no caso do advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Durán, os vazamentos de dados apontando relações suspeitas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, as falas contraditórias sobre o uso de caixa 2, a defesa de propostas hediondas como o "excludente de ilicitude" para policiais violentos (como queria, também, o presidente e seus apoiadores) e o vínculo com a consultoria Alvarez & Marçal após deixar o governo. Neste período, jornais e revistas antes entusiasmados com a atuação dele contra os corruptos passaram a ter uma visão bem mais crítica. 

Por enquanto, a corrida presidencial não deve despertar ilusões nos brasileiros e nos convida a ter poucas expectativas de melhoras no ambiente político, social e econômico. 

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