Como em todo país, o Brasil teve e ainda tem seus filósofos. Tivemos muitos nomes dignos de nota, em todas as épocas.
No período colonial, o Padre Antônio Vieira (1608-1697) teve influência de São Tomás de Aquino e Santo Agostinho para defender a integridade dos povos, inclusive indígenas e judeus, contra as perseguições. Ele era um dos maiores representantes do estilo barroco, sendo também um dos maiores literatos do século XVII.
Já na transição entre o Brasil Colônia para o Império, tivemos o bispo D. Azeredo Coutinho (1742-1821), influenciado pelos iluministas, embora defensor da ortodoxia católica, e seus escritos refletiam o período, marcado pelas revoltas contra o sistema colonial português (Inconfidências Mineira e Baiana, Revolta dos Suassuna, Revolução Pernambucana) e a Revolução do Porto de 1820.
No começo do período imperial, eram famosos os aforismos do Marquês de Maricá (1773-1848), enquanto havia o contraste entre o pensamento conservador, cujo maior nome seria o Visconde de Cairu (1756-1835), e os liberais como o Padre Diego Feijó (1784-1843), mais ou menos influenciados ainda pelo liberalismo de Adam Smith e o iluminismo do século XVIII. O positivismo teve Benjamim Constant (1836-1891) como o grande defensor. Neste período, o maior dos filósofos foi Tobias Barreto (1839-1889), o autor de Ensaios e Estudos de Filosofia e Crítica, influenciado pelo pensamento alemão (Fichte, Hegel, Schopenhauer, Schelling) e pelo naturalismo de Haeckel, um discípulo de Charles Darwin.
Durante o século XX, houve nomes como Sílvio Romero (1851-1914), influenciado pelo positivismo e pelo darwinismo, sendo famoso pelas diatribes contra outros pensadores. Também foram importantes Raimundo de Farias Brito (1862-1917), neotomista e crítico do positivismo, o liberal José Roberto Merquior (1941-1990), analista e crítico feroz da Escola de Frankfurt, e Miguel Reale (1910-2006), especialista em direito político.
Atualmente, temos nomes como Marilena Chauí (1941-), Mangabeira Unger (1947-), Mário Sérgio Cortella (1954-), Luís Felipe Pondé (1959-), Leandro Karnal (1963-), Viviane Mosé (1964-), Clóvis de Barros Filho (1966-), Márcia Tiburi (1970-) e Djamila Ribeiro (1980-). Ainda há o caso sui generis de Olavo de Carvalho (1947-), autodidata e sem formação específica na área.
Estes pensadores já comentaram muito sobre a situação do Brasil, como se pode notar nos vídeos a seguir:
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