Este blog prometeu não incluir tantos escritos sobre política, mas devido à gravidade do assunto isso tornou-se inevitável.
O agora ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) é o general Gonçalves Dias, homônimo do famoso poeta romântico do século XIX (o qual lamentaria a política de nossa "terra das palmeiras" se vivo estivesse). Imagens dele dentro do Palácio do Planalto durante o saque promovido pela turba do 8/1 vazaram, e ele foi intimado a depor na Câmara. Mandou entregar um atestado médico para não ir, antes de se reunir com o presidente Lula e demitir-se do cargo.
Imagens das câmaras de segurança dentro do Palácio do Planalto mostraram o general à paisana supostamente falando com os invasores durante o 8/1 (Divulgação) |
Este fato novo deu mais força para a instalação de uma CPI mista, tão cobrada pela oposição e igualmente evitada pela situação. Aumentaram os indícios de uma suposta armação para minar os apoios ao ex-presidente Jair Bolsonaro e colocar Lula e o STF como defensores da democracia. Quem realmente estava por trás daqueles baderneiros que destruíram obras valiosas e provocaram prejuízos milionários, além de conspurcar a imagem do Brasil diante do mundo?
N. do A.: O poeta, e não o general, era um entusiasta dos indígenas, vistos como os "bons selvagens" à maneira de Rousseau. Esta imagem está totalmente fora da realidade no atual Brasil, com as comunidades indígenas lutando pela preservação de seus costumes tradicionais, lutando contra invasores de suas terras e contra uma imagem equivocada dos "brancos" a respeito deles, enquanto estão mais integrados ao estilo de vida do restante da população. E, pela primeira vez, se comemora o "Dia dos Povos Indígenas", e não mais o "Dia do Índio" (termo problematizado atualmente devido à relação com as "Índias", termo usado pelos colonizadores portugueses, e pelo uso da palavra para designar "primitivos" vivendo em tribos no meio do mato).
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