Todo ano, na USP, são formados os profissionais mais qualificados e feitas as pesquisas mais relevantes em várias áreas. São feitos congressos, simpósios e atividades esportivas das mais relevantes. E, em contrapartida, há paralisação todo ano, por vários motivos, desde os salários atrasados até as pautas políticas.
Em 2023, não é diferente.
Cartaz no prédio da Faculdade de Letras, onde começou a greve na USP (Aloísio Maurício / Estadão) |
Professores e alunos estão exigindo a contratação de novos docentes, para repor os casos de morte, aposentadoria ou demissão. Eles reclamam dos critérios adotados pela reitoria, segundo eles privilegiando os cursos mais requisitados pelo mercado, prejudicando vários, como Letras (onde começou a paralisação).
Hoje houve uma reunião entre a reitoria e os manifestantes, mas sem acordo. E o movimento continua, envolvendo várias faculdades do campus Butantã, inclusive a Escola Politécnica, mais o Hospital das Clínicas e a faculdade de Direito no Largo São Francisco.
O reitor atual, Carlos Eugênio Carlotti Jr., ex-professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, não conta com muita simpatia dos grêmios estudantis, principalmente os da FFLCH, a faculdade mais lembrada por quem difama da USP como suposto refúgio de "maconheiros". Para estes, também, o movimento faz parte de uma ação maior por parte dos opositores do governador Tarcísio de Freitas, para tentar impedí-lo de realizar certos atos, como a privatização do Metrô e da Sabesp. Em tempo: poderá haver paralisação nesses setores.
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