Fabricantes chinesas como a BYD e a GYM estão fazendo o brasileiro se habituar aos carros elétricos, seu silêncio, agilidade e, principalmente, emissão desprezível de poluentes na atmosfera. Grandes montadoras também investem no setor, embora a maior parte seja de veículos caros, acima dos R$ 400 mil, acima do preço aceitável para o nosso público, ainda sem poder aquisitivo e ainda por cima inconformado com a altíssima tributação dos automóveis em geral.
Ainda haverá um ousado projeto para ser lançado aqui, um carro fabricado pela Lecar, empresa de Flávio Figueiredo Assis, o sedã médio 459. Ele promete mais conforto e tecnologia do que os modelos chineses, mas cobrará cerca de R$ 280 mil, um valor pouco atraente.
O Lecar 459 já está em pré-venda, mas o carro ainda não está em produção (Divulgação) |
Todos esses lançamentos irão encantar muitos, mas há um, e apenas um, detalhe capaz de arruinar completamente a expansão desses carros: a bateria. A tecnologia de lítio provou ser inadequada, com sua baixa autonomia, velocidade de recarga muito lenta, ciclos de recarga limitados e risco de explosão. Este blog já abordou estes problemas, e até agora uma solução foi proposta, a das baterias de estado sólido, usando componentes rígidos ao invés da solução líquida ou em gel de íons de lítio nos eletrólitos. Infelizmente, ainda vai demorar alguns anos para o aperfeiçoamento e lançamento no mercado.
O princípio de funcionamento das baterias de estado sólido (direita), comparado com as baterias tradicionais (Divulgação) |
Enquanto isso, há outras soluções, mas elas passam pelos carros híbridos, ou seja, com o uso da gasolina e do álcool como combustível principal, sendo a eletricidade um complemento. Neste caso, não necessariamente o condutor deve passar uma temporada nos postos de recarga, pois a bateria é carregada pelo sistema de freios ou por um sistema de regeneração a partir de componentes acoplados ao motor a combustão.
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