Não importa o Equador representado pela sua seleção pré-olímpica, que chegou a assustar o time brasileiro na busca pela vaga em Paris, mas o país como um todo, assolado por um conflito armado.
Tiroteios e blindados são agora uma constante nas ruas das principais cidades do país andino, principalmente Guayaquil, a maior cidade. Os traficantes tentam resistir e manter o seu poder paralelo na sua luta contra o governo, mas as forças oficiais estão dispostas a derrotá-los.
Soldados próximos a uma penitenciária em Guayaquil três dias antes da declaração de "conflito armado" (Romina Duarte/Getty Images) |
As penitenciárias, tomadas pelos bandidos, ainda estão bem longe de voltarem ao controle da lei. Bairros inteiros ainda estão sob a mercê da ditadura do "poder paralelo" movido ao comércio de cocaína e outras drogas.
Apenas hoje, foram destruídas 22 toneladas de pasta de coca, enquanto um grupo armado disparou contra a sede da Justiça na cidade portuária de Manta, um dos escoadouros da venda ilegal de tóxicos.
Não há previsão de quando os combates irão arrefecer, e eles estão intensos desde a declaração de "estado de conflito armado" pelo presidente Daniel Noboa. É mais provável o conflito alastrar-se para os países vizinhos, Peru e Colômbia, também assolados pelo narcotráfico. É bem provável haver um acordo de cessar-fogo, mas ele iria fatalmente postergar a solução do problema.
N. do A.: No Brasil, o destaque ficou para outra guerra, a de versões, entre os Bolsonaros e a Polícia Federal, após a investigação sobre os grampos supostamente autorizados pelo ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem. Governo e boa parte da mídia acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro e os filhos de alimentarem uma rede de espionagem. Eles negam e divulgaram um vídeo onde eles apresentaram sua defesa, mas também aproveitaram para divagar sobre vários assuntos. Depois, Carlos Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão pela PF.
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