quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A democracia em perigo na América Latina

A democracia nunca foi uma tradição na América Latina. Abusos dos direitos humanos, abuso de poder, miséria, marginalização de boa parte da população, nada disso casa com um país livre e justo. E não é só na Venezuela, onde o caudilho Hugo Chávez está cada vez próximo de um tirano, onde a democracia vem perigosamente a ser desafiada.

Equador e Bolívia: os dois países são governados por lacaios do ditador da Venezuela e atacam sistematicamente as suas Constituições, ao quererem se reeleger indefinidamente, algo já feito na Venezuela e em certas 'democracias' da África.

Colômbia: sob o pretexto de lutar contra o narcotráfico e a guerrilha, que devastam o país e ameaçam a segurança na região, o presidente Álvaro Uribe quer impor uma eleição onde ele possa concorrer. Isso não seria condenável se ele já não estivesse, agora, num segundo mandato. Um terceiro mandato pode não ser algo parecido com o que Chávez faz na Venezuela, mas é um risco muito alto para a democracia colombiana.

Brasil: a ameaça à democracia tem menos a ver com ideologias políticas e mais pelo medo indisfarçado, quase uma fobia, que os politicos e o governo têm em relação à opinião pública e à imprensa; agora querem restringir a cobertura jornalística na Internet, proibindo as manifestações e opiniões políticas em blogs e sites de notícias.

A América Latina precisa se ajustar à democracia, e não o contrário. Não se pode tolerar mais republiquetas, agora que conceitos como liberdade de expressão, voto popular e igualdade de todos perante a lei já tenham quase 300 anos.

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