sexta-feira, 12 de março de 2010

Glauco (1957-2010)

2010 está a caminho de ser um ano tão ruim, mas tão ruim, a ponto de ser comparado a 2001. Isso se não ficar pior do que aquele ano, quando o Osama derrubou o WTC de Nova York.

Não bastavam as tragédias naturais em Angra dos Reis, em São Luís do Paraitinga, no Haiti e no Chile. Também as tragédias causadas pela violência fazem vítimas em toda a parte.

No Brasil, é a crônica violência causada por policiais, grileiros, pistoleiros, políticos, e outras pessoas sem o menor compromisso com a lei e o direito alheio. Mas os maiores responsáveis, de forma direta, são mesmo os criminosos comuns. E eles derramaram o sangue de um dos maiores cartunistas do país, Glauco. Aparentemente drogados, os criminosos tentaram assaltar a casa do cartunista e, além de matá-lo, ainda balearam o filho, Raoni, que acabou morrendo num hospital de São Paulo, e feriram a mulher e a filha do artista.

Sim. É o mesmo Glauco das tiras da Folha de S. Paulo e autor de personagens inesquecíveis, como o Geraldão, a Dona Marta, o Doy Jorge, os Ozetês, o Zé Malária, o Casal Neuras, etc.




Tira do Zé do Apocalipse no site do Glauco (que continua no ar)

Um dos personagens mais de acordo com os nossos tempos é o Zé do Apocalipse, o profeta brasileiro do fim do mundo. Com o assassinato de Glauco, estamos cada vez mais acreditando nele. No apocalipse.


P.S.: O Blog Universo HQ faz uma ampla homenagem a Glauco, para demonstrar a enorme repercussão por acontecimento tão trágico. Clique aqui.

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