quarta-feira, 31 de março de 2010

A maior mentira já contada na História do Brasil!

Diz a história oficial que a Revolução (COISA NENHUMA! Foi um golpe!) de 1964 foi feita no dia 31 de março. Porém, as evidências dizem que a movimentação toda foi feita de madrugada. Ok, não precisa ser um gênio para adivinhar o que isso quer dizer.

O GOLPE MILITAR foi feito da madrugada do dia 31 para o dia 1. Ou seja, tecnicamente, esse atentado à democracia foi feito no dia PRIMEIRO DE ABRIL!

Primeiro de abril, dia da mentira. Há 46 anos os brasileiros foram enganados por um movimento que se dizia revolucionário e foi na verdade uma conspiração de militares e civis que depõs um governo eleito democraticamente.

Disseram que João Goulart, o presidente deposto, queria formar um governo anarco-sindicalista (que diabos é isso?). Os mais crédulos diziam que Goulart era comunista. Jango, como era conhecido, não era nem uma coisa nem outra. Podia ser um caudilho incompetente e despreparado para governar, influenciado pelas idéias de Getúlio Vargas e crente no papel de um Estado forte - leia-se inchado - e paternalista. Mas Jango era um grande proprietário de terras, e entendia tanto de comunismo quanto um sapateiro entende de pintura.

Disseram que era uma "Revolução Redentora", para purgar o Brasil do comunismo. Ou seja, mais um daqueles papos salvacionistas para justificar um ato de lesa-pátria! E o que essa Revolução 'redentora' nos trouxe?

21 anos de ditadura, censura, atos institucionais, tortura!

Continuaram a mentir para o Brasil durante todo esse tempo. E o embuste continuava. Disseram que logo depois da tal "Revolução" a ordem constitucional seria restaurada. Isso foi no governo do marechal Castelo Branco, um moderado. Enquanto isso, inventaram os "atos institucionais", verdadeiros atos anti-democráticos. Quem apostou na volta da ordem, como o ex-conspirador Carlos Lacerda, então governador do estado da Guanabara (atual município do Rio de Janeiro) e um dos arautos civis do golpe de 1964, quebrou a cara. E acabou na lista negra dos inimigos do regime.

Para piorar, em 1967 o general Costa e Silva tomou o poder e com ele os militares chamados de "linha dura". Junto com os políticos que não foram cassados (aqueles que não representavam perigo ao regime, o que excluía gente como Juscelino Kubitscheck, Mário Covas, Leonel Brizola, Jânio Quadros e, é claro, Jango), criaram uma Constituição de fachada, que tentava justificar a arbitrariedade e o quinto ato institucional, chamado de AI-5, que sepultou de vez a liberdade no nosso país.

Ah, mas disseram que o regime trouxe de volta a ordem. Vieram as passeatas de estudantes (1968), a guerrilha (que organizou sequestros e atos terroristas pelo Brasil), e a saída em massa de intelectuais e artistas que não aceitavam a falta de liberdade. Para justificar a morte de quem ficava nas mãos dos órgãos de repressão, como o DOPS e o DOI-CODI, inventaram outras lorotas. O caso Vladimir Herzog (1975) foi um exemplo disso.

Este homem se matou, disseram os lacaios do regime...


Eles tentavam negar a prática da tortura. Mas nunca os carrascos foram tão requisitados, desde a época de D. Pedro I.

E disseram também que no regime militar não havia corrupção. Era uma mentira jocosa, sem dúvida. Mas quem ria eram os corruptos, que eram acobertados pelo regime. E não se podia apurar nada, porque os jornais estavam sob censura.

O regime mentia até para o seu maior aliado, que apoiou ostensivamente o golpe: o governo americano. Os EUA acreditavam, ou fingiam acreditar, nos contos de Brasília, tudo porque era o clima da Guerra Fria, e a União Soviética era o grande inimigo. Disseram que o Brasil era um ótimo lugar para se investir, apesar das distorções na economia, ineficiente, pouco competitiva e infestada de empresas estatais. Alguém se lembra da Cobal e da Telebrás? Eram dessa época!

Por falar em economia, no governo do general Médici inventaram a história do "Milagre Econômico", com grandes obras para fomentar o desenvolvimento do Brasil. Para dar terras, falaram da colonização da Amazônia (e foi aí que o desmatamento explodiu no país), e criaram a Rodovia Transamazônica, um atoleiro que "liga o nada a lugar nenhum". Criaram estatais, já citadas acima, para dar apoio às indústrias de base e aprimorar as telecomunicações, e o efeito colateral foi a criação de "cabides de emprego" e o aumento da burocracia. Também foi inventada a chamada "correção monetária", para gente que tinha conta em banco, o que, na época, excluía boa parte da população, que sofria com índices de inflação de pelo menos 30% ao ano (e que explodiria nos anos finais). Esse tal "milagre" aumentou a concentração de renda e fez crescer ainda mais as favelas... que milagre é esse??!!

E com este mesmo "papo", durante o governo do general Geisel, criou-se o Programa Nuclear Brasileiro, o "pai" das usinas em Angra dos Reis, geradoras mais de preocupações com acidentes nucleares do que de energia elétrica. Isso quando falou-se de uma abertura "lenta, gradual e segura", com a volta dos exilados políticos e o fim do AI-5. Mas continuaram o lero-lero sobre a "Revolução Redentora".

O regime militar terminou com o governo do general Figueiredo, e aí se verificaram as consequências de tanta mentira. O "milagre econômico" se converteu na hiperinflação. A "oitava economia do mundo", como diziam, se tornou a mais endividada do mundo. O "país do futuro", como os mandatários da época apregoavam e muitos papagueavam, mergulhou na carestia, na fome, nos escândalos políticos e econômicos de todo o tipo (escândalo da "mandioca", caso Delfim, Coroa-Brastel, etc., etc.). O governo tentou acobertar os escândalos e a mídia, mesmo censurada, tentou desvendar.

Em suma, toda essa aventura criou um país endividado, injusto, com medo de reivindicar direitos, e tolerante com a corrupção política. Estas são as sequelas da maior mentira contada num dia primeiro de abril.

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