segunda-feira, 29 de março de 2010

Sobre melhorar o mundo

Muito se fala sobre um desenvolvimento sustentável. Mas existem dois sérios obstáculos: a injustiça social e a superpopulação.

Não pode haver verdadeiro desenvolvimento com a permanência da miséria entre os países. No Brasil, a grande maioria vive com grande dificuldade, em favelas, cortiços e outras construções precárias. Isso sem falar na enorme dificuldade de ascensão social devido à precariedade da nossa educação. Sem boas escolas, não há possibilidade de qualificação suficiente para se ganhar bons salários, e a pessoa estará condenada às doenças, à ignorância, à violência.

Outro problema sério é a superpopulação, que forma um círculo vicioso com a miséria: os mais pobres e ignorantes, por desconhecerem o planejamento familiar e temerosos de ficar sem descendência, ainda fazem muitos filhos por casal. As famílias mais pobres não querem esperar a indispensável formação das crianças e as colocam para trabalhar, muitas vezes sacrificando o ensino. Com isso, perpetuam o ciclo de miséria e se tornam um ônus para o resto da sociedade, porque uma familia grande consome muitos recursos, mesmo sendo pobre. E é grande a chance de estarem vivendo à beira de rios e outros cursos d'água, agravando o problema da poluição e ameaçando o abastecimento de água.

Soluções para isso? A curto prazo, nada de viável. Não existem alternativas, a não ser:
a) a guerra civil;
b) a limpeza étnica (eufemismo para GENOCÍDIO) por governos de força (outro eufemismo, desta vez para TIRANIAS);
c) dificultar ainda mais o acesso aos recursos médicos para a maioria da população e deixá-la à mercê das epidemias.

Somos mais de 7 bilhões de pessoas, a exaurir os recursos naturais. Se continuarmos crescendo ao ritmo atual, não haverá como alimentar a todos (já existem sérias dificuldades neste momento, é só ver a situação em boa parte da África, do sudeste da Ásia, de alguns países da Oceania e do Haiti). Combustíveis fósseis não durarão para sempre, e poderão esgotar-se. A poluição do ar e da água não vai diminuir, muito pelo contrário. Isso pressionará muito as populações, e aquelas situações acima, atualmente catastrofistas (a não ser em alguns países paupérrimos como Serra Leoa ou Somália), poderão se tornar perigosamente cogitáveis.

Todos nós gostaríamos de um mundo melhor, mas no momento isso é impraticável. A humanidade vai apanhar muito até conseguir melhorar o mundo, talvez até se sujeitar a uma terceira guerra mundial, algo ainda extremamente plausível, infelizmente. Uma realidade mais justa para todos não é possível em um mês, um ano ou uma década, e não será com promessas vazias de políticos ou sonhos impossíveis de cumprir (formulados por grupos pouco afeitos a um pensamento mais realista, como os ambientalistas radicais e boa parte dos socialistas e anarquistas) que isso irá acontecer.

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