O Rio de Janeiro resolveu ajustar as contas definitivamente com a criminalidade e acabar com um de seus algozes, responsáveis pela destruição da imagem da cidade como "Maravilhosa".
Durante décadas, governos nada fizeram para impedir que as comunidades mais pobres caíssem nas mãos de traficantes, e aos poucos eles foram se tornando os governantes de facto das favelas.
Agora, em novembro de 2010, isto começou a mudar. Devido à necessidade de organizar de forma decente eventos esportivos como a Copa de 2014 (junto com várias outras capitais brasileiras) e as Olimpíadas de 2016, o governo do Rio, antes conhecido pela inépcia diante do problema, resolveu cumprir sua obrigação. Mandou a Polícia Militar e o Bope, a famigerada tropa de elite imortalizada no cinema, fazerem um trabalho sério na Vila Cruzeiro, e chamou a Marinha para dar apoio. A gota d'água foi a série de ataques envolvendo incêndio de carros e ônibus dias antes da operação.
Literalmente, dois dias antes deste post, bandidos da Vila Cruzeiro foram postos para correr, e boa parte deles acabou se refugiando no Complexo do Alemão. A guerra contra o tráfico estendeu-se aí, o Exército e a Aeronáutica foram convocados para ajudar, e nada indica que vá parar por aí. Outras favelas estão apenas esperando para virarem palco dos conflitos.
A Polícia pôde agir favorecida pelo enfraquecimento do tráfico nos últimos tempos, cuja influência foi diluída pelas milícias, grupos paramilitares que tomaram o poder tirânico em boa parte das favelas. Por falar nas milícias, elas também estão se preparando pois dificilmente escaparão de participar do drama.
Ainda é muito cedo para chegar a uma análise conclusiva, pois a guerra nos morros ainda não terminou e está muito longe disso. Espera-se que os conflitos não perdurem por muito tempo, para não haver risco de muitas mortes civis - o que mudaria fortemente a opinião pública, até agora favorável aos agentes da lei.
Se essa operação fracassar, as consequências serão terríveis, para o Rio de Janeiro e para o Brasil, cuja reputação será fortemente abalada. Na pior das hipóteses, não haverá Copa no Brasil nem Olimpíadas. Não seria exatamente o 'Juízo Final', mas é como se alguém despertasse de um sonho com o disparo de um fuzil. Outro cenário possível é a consolidação do poder pelas milícias. Mais outro: o Rio se transformar em mais uma cidade assolada pelo terrorismo, como Bagdá ou Islamabad.
Ainda é muito cedo para chegar a uma análise conclusiva, pois a guerra nos morros ainda não terminou e está muito longe disso. Espera-se que os conflitos não perdurem por muito tempo, para não haver risco de muitas mortes civis - o que mudaria fortemente a opinião pública, até agora favorável aos agentes da lei.
Se essa operação fracassar, as consequências serão terríveis, para o Rio de Janeiro e para o Brasil, cuja reputação será fortemente abalada. Na pior das hipóteses, não haverá Copa no Brasil nem Olimpíadas. Não seria exatamente o 'Juízo Final', mas é como se alguém despertasse de um sonho com o disparo de um fuzil. Outro cenário possível é a consolidação do poder pelas milícias. Mais outro: o Rio se transformar em mais uma cidade assolada pelo terrorismo, como Bagdá ou Islamabad.
Por outro lado, caso tudo der certo, essa operação vai ser mais aplaudida do que os dois filmes 'Tropa de Elite'. Esta operação já foi apelidada de 'Tropa de Elite 3' ou 'Tropa de Elite 3D', só que sem o personagem Roberto Nascimento. Numa análise algo superficial, ele parece ter feito vários discípulos na força policial e no governo carioca, mas só os próximos dias vão confirmar ou desmentir essa impressão.
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