segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Enem não é mais caso de educação

É um caso de polícia!

Onde já se viu, pelo segundo ano seguido, cometerem erros tão graves?

Em 2009, deixaram vazar o gabarito das provas antes delas terem sido aplicadas. O governo até tentou dar credibilidade à avaliação, refazendo as provas e fazendo uma campanha massiva com a participação do ator Wagner Moura. Já escrevi a respeito num post da época ('Ainda sobre o Enem', 14 de outubro de 2009).

Para 2010, os organizadores deram mais uma prova de aversão à competência, atentado à educação, descaso com a nação. 

Erros crassos de organização, gabaritos incorretos, enunciados que não têm nada a ver. E ainda querem convencer os estudantes de segundo grau da seriedade do Enem. A esta altura, nem uma criança da pré-escola vai levá-los à sério. 

Pior. Começo a desconfiar de má-fé, de tentativa deliberada de deseducar a população e ainda por cima arrancar mais dinheiro dos estudantes. O dinheiro arrecadado pelo Enem por meio das inscrições certamente não vai financiar a educação, assim como a CPMF não vai financiar a saúde. E tem gente que ainda acredita na boa fé deste governo (Oh sancta simplicitas!). 

O Enem já se tornou um caso para a Justiça resolver, e não o Ministério da Educação, cuja incompetência para resolver o problema ficou patente. Os responsáveis por tamanho descalabro precisam responder pelos seus atos. E duvido que eles sejam punidos, porque o governo, se não vai dar cobertura a esta empulhação, mais uma vez vai alegar "ignorância" no assunto. Pois estamos fadados a ser uma nação de ignorantes se continuarmos neste caminho.

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