quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Dois casos de cartunistas

Assim como, em geral, blogs não são encarados como principal meio de sustento (existem exceções, mas eu faço parte da regra), fazer charges, ou aquelas caricaturas que aparecem nos jornais, nem sempre são encarados como profissão. 

Para muitos casos, fazer charges é uma atividade suplementar. A maioria dos chargistas publica seus trabalhos em jornais. Ora, a principal função de um jornal é abordar notícias para deixar seus leitores bem-informados. E quem compra o jornal em geral não está interessado em charges, mas em notícias. Uma charge é importante para abordar um assunto com bom humor e deve, sim, fazer parte de um jornal, mas está bem longe de estar na lista de prioridades de um dono desse fundamental setor da mídia. 

Temos talentos do desenho satírico como os participantes do site Chargeonline, cujo dono é o cartunista Mariano, do Rio. Nesse site existem os trabalhos de vários cartunistas que trabalham em diversos jornais do país. 

Dois deles fazem parte de um grupo que não faz do traço ligeiro e debochado seu principal ganha-pão. Eles são mais conhecidos em outras áreas. 
Um deles é Geraldo Fernandes, consultor empresarial que ministra palestras em vários cantos do país. Em suas charges, publicadas no jornal gaúcho O Nacional, ele assina como Geraldo Passofundo. Ele tem um site próprio (ver aqui). Eis algumas charges, cujo objetivo nem sempre é fazer rir. 

 Sobre as mamatas nacionais

O sentimento nacional diante da corrupção

O poder destruidor do crack

Já que estamos perto de 2011... (charge feita na virada do ano 2009 para o 2010)

Outro caso é o arquiteto Roque Sponholz, celebrizado pela visão amarga diante do governo Lula. No site dele há centenas de fotos e ilustrações de seus trabalhos, entre projetos arquitetônicos, charges e caricaturas de pessoas famosas. Abaixo, uma amostra da arte deste paranaense formado pela Universidade Federal do Paraná e cujas charges se encontram no Jornal da Manhã, da cidade de Ponta Grossa (o fato de ser citada em piadas de gays não está no contexto deste post). 





Esta é só uma amostra de pessoas com talentos em áreas aparentemente não correlatas, pois charges políticas, a rigor, pouco ou nada tem a ver com arquitetura ou consultoria empresarial.

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