quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

HD's e pen-drives. O que comprar?

Muita gente está com dúvidas se adquire um pen-drive ou um HD. Pode-se notar a evolução desses dois dispositivos, a cada ano mais poderosos e mais baratos. Em 2008, um pen drive de 2 Gb saía por algo em torno de R$ 40,00. Neste ano, em determinadas lojas, na famosa Santa Ifigênia ou nos grandes estabelecimentos, isso é o que se paga por um pen drive de 8 Gb. 

Em comum, além de servirem para guardar aqueles documentos importantes ou simplesmente para armazenar as fotos e vídeos daquela viagem de férias, são dispositivos USB, capazes de se comunicarem com qualquer outro aparelho que possua essa entrada, como computadores, aparelhos de DVD, Blu-Ray Players e até alguns televisores mais caros. 

O que há de diferente entre esses dois? Por que alguém iria comprar um e não outro dispositivo para armazenar dados?

Os pen drives são basicamente memórias EEPROM (em inglês Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory), ou seja, cujos dados podem ser apagados por meio de sinais eletricos. Nesta tecnologia não há partes móveis, e portanto o desgaste por atrito não é um problema. Problema, mesmo, é a capacidade de gravação dos pen drives. Atualmente, aguentam cerca de 100 000 a 300 000 ciclos de gravação, ou aproximadamente entre 3 e 8 anos se houver necessidade de gravar dados 100 vezes por dia nesses aparelhos. Muitas vezes, duram menos do que isso devido aos danos por aquecimento ou remoção enquanto estão gravando dados. Sem falar na facilidade de perder essas coisinhas minúsculas, do tamanho de isqueiros.

Por outro lado, os Hd's externos são nada mais do que os tradicionais discos rígidos de computador, guardados em um estojo (case) e com um adaptador para comunicação em USB. Como todo Hd, são dispositivos formados de vários discos com superfície de material magnético e lidos ou gravados com o auxílio de uma agulha magnetizada. Não podem, portanto, ficar próximos de ímãs ou eletroímãs. E danificam-se facilmente se forem transportados enquanto estão em funcionamento, pois giram muito rápido (5400 a 7200 rotações por minuto - rpm) e o movimento pode fazer o disco entrar em contato com as agulha, danificando ambos. Os hd's externos possuem capacidade muito maior do que a dos pen drives, porém são bem maiores e os de maior capacidade ainda apresentam a necessidade de alimentação externa. 

Ao contrário dos pen drives, os discos rígidos podem ser gravados e regravados à vontade. A vida útil fica limitada aos tempos de ciclo liga-desliga (normalmente 50 000 vezes, ou seja, caso for necessário acionar o Hd, seja ele externo ou interno, duas vezes ao dia ele durará a bagatela de 68 anos!) e também pelo MTBF (Medium Time Before a Failure, ou tempo médio antes de falhar), este normalmente de 100 000 horas, ou 34 anos em caso de uso por 8 horas diárias; obviamente os Hd's não duram sequer metade desse tempo, pois o aquecimento, a umidade e o risco da sobretensão influenciam bastante na vida útil desses aparelhinhos. 
  
Por fim, uma vantagem dos hd's externos é a capacidade de gravar arquivos grandes mais rapidamente, em relação aos pen drives. Nada mais coerente, devido ao espaço relativamente limitado dos 'penzinhos'.

Se você precisa manipular arquivos muito grandes, compre sem medo um Hd externo. Porém, caso precisar de portabilidade, use um pen drive. Fica a critério de cada um.

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