Se Carlos Lupi fosse demitido logo após as denúncias, o governo ganharia, pois manteria a fama de moralizador, embora dificilmente iria consertar o estrago feito no Ministério do Trabalho. Poderia, no entanto, ficar com a fama de só reagir em caso de denúncia.
Como a história demorou demais, é seguro afirmar: TODOS PERDERAM! O governo, ao não se livrar de Lupi, vestiu a carapuça de refém das alianças e com peculiar apreço pela ética. Os partidos aliados mostraram o seu interesse pelos seus eleitores (leia-se: pelo dinheiro deles) ao nomear um político que estragou a imagem do governo a quem eles 'apoiam', pois o apoio é tão somente para satisfazer conveniências políticas. A oposição, cuja tática de esperar o governo tropeçar nas próprias pernas está levando a resultados pífios, não conseguiu convencer viva alma da honestidade de seus procedimentos. A sociedade brasileira, lesada pela rapina dos corruptos e corruptores, teve de aturar mais este escândalo enquanto seus impostos eram destinados ao parasitismo social exercido por alguns 'servidores' alçados à categoria de 'servidos'. O próprio Carlos Lupi, desgastado e até ridicularizado em público devido ao episódio, principalmente depois que declarou 'amor' à Dilma, poderia ter preservado mais a sua imagem se não demorasse tanto para sair.
Como o PDT, a Força Sindical e a CUT demoraram demais para nomear alguém, o ministério está sem comando, até eles resolverem entrar num consenso. Pode-se esperar tudo deles, inclusive a nomeação de mais um candidato a virar boneco ano que vem, no próximo sábado antes da Páscoa.
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