Sopão para os moradores de rua

O prefeito Gilberto Kassab proibiu o sopão para os moradores de rua. Mas não é para não estimular um assistencialismo inócuo, como seria o caso, mas por questão de 'insalubridade'. Ele quer proibir a 'distribuição insalubre de alimentos', como se não existissem pontos de VENDA de comida imprópria na cidade, onde não há condições de higiene mínimas e a fiscalização nem se dá ao trabalho de fazer o seu trabalho nesses locais. 

É o típico caso de decisão certa com argumentos errados. Dar comida a mendigos não funciona para que eles sejam estimulados a mudar essa humilhante situação. Pelo contrário, muitos deles ficam mais estimulados a se aproveitar da boa vontade alheia, e isso até virou uma espécie de 'profissão'. Porém, argumentar que é por razões de saúde pública ou de estética... pode parecer uma concessão a termos 'politicamente corretos', para não querer ofender os moradores de rua, mas o Kassab ficou parecendo a Maria Antonieta. 

Por causa da incoerência entre argumentos e intenções, o prefeito foi ridicularizado pelas redes sociais, que ameaçam distribuir sopão perto da prefeitura, o chamado 'sopaço'.

Em tempo: Kassab quer restringir a distribuição de sopão aos pontos de venda distribuídos na cidade, os chamados 'espaços de convivência social'. Não querem coibir o assistencialismo, mas torná-lo exclusivo da Prefeitura. E o sopão 'oficial' nem deve ser muito melhor do que os distribuídos pelos pontos 'não-oficiais'.

Batalha da final - Primeira parte

O Boca Juniors tinha uma ampla vantagem contra brasileiros em finais da Copa Libertadores da América. Enfrentou o Cruzeiro em 1977, o Palmeiras em 2000, o Santos em 2004 e o Grêmio em 2007. Venceu todos eles. Mas havia a final em 1963, contra o Santos de Pelé. E o Boca amargou a única derrota contra um time brasileiro. 

Já o Corinthians sabia que tinha de fazer o resultado, tarefa nada fácil ainda mais em La Bombonera, talvez o maior 'alçapão' que existe nas Américas. Para piorar, os tarimbados nesta competição tinham Riquelme. E o time brasileiro não tinha nomes de destaque, pelo menos entre os titulares, mas atuava em conjunto de acordo com o 'retranqueiro mas eficiente' sistema tático de Tite. Mas tinha um reserva, do qual falarei mais adiante...

Na primeira batalha, o Boca parecia cauteloso mas não a ponto de respeitar o estreante brasileiro em finais de Libertadores. Eles pressionaram, e a defesa corinthiana segurava o quanto podia. Tanto que o primeiro tempo terminou como começou: 0 a 0. 

Após o intervalo, houve uma mudança de postura e o time da casa deu trabalho, para alegria dos milhares de torcedores. Liedson substituiu o contundido Jorge Henrique no intervalo, mas estava apagado. E mais apagada estava a defesa, no momento em que permitiu a abertura do placar, por Roncaglia, em lance polêmico com direito a tentativa de Chicão de defender a bola na área com a mão, o que seria considerado pênalti se não houvesse o gol portenho. 

Mas a tradição do Boca de se impor aos adversários em finais foi quebrada, quando Romarinho - que não é filho de Romário como chegaram a dizer alguns jornais portugueses (parece piada) - entrou no lugar de Danilo, também não muito bem no jogo, e três minutos depois empatou a partida. 

 Romarinho já mostrou do que sabia no Brasileirão, contra o Palmeiras. E foi o responsável pelo Corinthians ter arrancado um empate com sabor de vitória em plena La Bombonera

Romarinho nem titular era, e era a sua primeira partida num torneio internacional, ainda mais contra o mais temível adversário. Mas era David contra os Golias argentinos. E ele foi o nome do jogo.

La Bombonera se calou, e só ensaiou uma reação nos lances de ataque mais decisivos. Felizmente, nenhum deles resultou em gol. 

Ficou no 1 a 1. Empate importantíssimo para um time que buscava o título que faltava para ser considerado digno de respeito fora do Brasil, mas só o segundo jogo, no Pacaembu, vai definir quem será o campeão.

O que acontece com nossa São Paulo?

Ataques contra PMs, incêndios contra ônibus, mortes?

A prefeitura de São Paulo e o governo dizem que tudo está sob controle, como dizia o ex-governador Cláudio Lembo. Mas NÃO ESTÁ!

Ontem, ônibus de uma mesma empresa foram queimados e ela resolveu não colocar os outros nas ruas. Resultado: milhares de pessoas foram prejudicadas. 

Quem deveria coibir esse vandalismo também é alvo dos ataques, não só na capital mas em outras cidads. Policiais militares foram assassinados. Dizem que isso foi uma represália contra um membro do PCC pela ROTA, dias atrás. 

O Poder Público tem de investigar isso, se é uma ação conjunta do PCC ou de outro grupo criminoso. Mas o problema não é agudo. É crônico. Ninguém em sã consciência deixa de tomar algumas precauções quando sai de casa. Aliás, nem ficar em casa é seguro, devido ao risco de assaltos e arrastões. E o que foi feito na Cracolândia? Como já postei antes, é uma ação marqueteira para mostrar serviço. Os fumadores de crack continuam lá ou se espalharam para outros lugares. É certo que esses 'quase-zumbis' devem merecer tratamento e não cadeia, mas não podem ficar à solta.

São Paulo merece um tratamento melhor. E se depender dos candidatos às eleições municipais deste ano, haverá motivos de sobra para abaixar e menear a cabeça.

Egito conclui a primeira etapa do processo democrático

O Egito elegeu seu primeiro presidente, mas ainda tem muito o que fazer para se tornar uma democracia. 

Mohammed Mursi é o novo presidente do Egito (Ahmed Jadallah/Reuters)

Antes do pleito, os militares fizeram uma emenda constitucional que praticamente os deixaram controlando o Orçamento, o Parlamento e as Forças Armadas, deixando o novo presidente praticamente sem muito o que fazer. Para o Ocidente, isso é uma má e uma boa notícia. Má porque evidentemente uma tutela militar com essa intensidade não se viu nem no Chile após a ditadura de Pinochet, e obviamente não dá para considerar um país assim como democrático. Boa, porque o presidente eleito, Mohammed Mursi, é filiado à Irmandade Muçulmana, que quer implantar um regime islâmico no país. E uma democracia também não funciona, na prática, quando está atrelada a qualquer religião, seja ela islâmica, cristã, budista ou mesmo ateísta. Para piorar, a Irmandade também foi acusada de fazer muitos atos terroristas, e um deles foi o responsável pela morte de Anwar Sadat, homem forte do país até o momento de seu assassinato, em 1981.

Um de seus países vizinhos é Israel, cujo governo demonstra cautela diante do resultado das urnas. A Irmandade não reconhece o estado considerado 'sionista'. Mursi deverá mudar sua opinião pessoal e conversar com os israelenses, mas será tarefa dura convencer seus aliados. Os generais devem fazê-lo refletir sobre a sua política externa, e não se descarta a hipótese de utilizar a mão de ferro para 'socar a mesa' do novo presidente, com imposições ou mesmo ameaças.

Não se sabe quando os militares vão deixar de ter poderes extras. Isso depende de uma nova Assembléia Constituinte, também controlada pelos militares, e a aprovação de uma nova Constituição. Ou seja, há um longo e difícil caminho até o Egito passar a ser considerado um país que preza a liberdade e o respeito aos direitos humanos.

O impeachment de novo virou assunto

 Fernando Lugo foi posto para fora do governo paraguaio anteontem

O agora ex-presidente Fernando Lugo foi o segundo caso de impeachment na América Latina depois de Fernando Collor, 20 anos atrás. A razão para isso foi a matança que ocorreu entre sem-terras e policiais em área ocupada por brasileiros que possuem terras por lá, os "brasiguaios". 

Em um processo estranhamente rápido, o Congresso de lá fez cumprir a lei, pois Lugo teria cometido crime de responsabilidade ao permitir a tragédia. Mas esta é só a gota d'água, pois ele foi duramente criticado por sua conduta, por ter supostamente seduzido uma menor de idade quando ainda era bispo. Em 2008, ele teve de renunciar à religião para se candidatar à Presidência. Durante o exercício de suas funções eclesiásticas, nunca foi muito bem visto pelo Vaticano por causa de sua militância política. O escândalo veio à tona e ele não conseguiu dar uma resposta satisfatória. Pelo contrário, surgiram rumores de filhos, frutos de casos extraconjugais, e Lugo acabou sendo motivo de galhofa ("o bispo garanhão", entre outros termos).

O ex-presidente não era muito bem visto pelos conservadores por ter tentado implantar uma reforma agrária no país, para atender aos anseios dos sem-terra paraguaios, aguerridos como os daqui. Mas não se alinhou automaticamente com os outros presidentes considerados populistas, como Hugo Chavez e Evo Morales. E teve de enfrentar o narcotráfico, uma questão gravíssima nesta parte do mundo, perseguindo gente ligada às Farc, o grupo narcoterrorista. Porém, sua política em relação a essa guerrilha foi também ambígua, sendo ele próprio acusado de simpatizar com aquele grupo que é um dos principais responsáveis pela tensão na Colômbia. 

Em 2010, teve sérios problemas de saúde devido a um câncer linfático e teve de ser operado. Ele foi um dos presidentes afetados pela doença, juntamente com Cristina Kirchner, Hugo Chavez e Lula (uma coincidência que levou muita gente a fazer associações entre populismo e câncer, o que não tem nada a ver).

Com a sua derrocada, a maior parte dos líderes da América do Sul considerou o impeachment como um golpe. A presidentA Dilma chamou o embaixador brasileiro em Asunción para consultas, embora procurasse adotar a cautela. Afinal, é por aqui que existe um certo ex-presidente que também poderia aproveitar e chamar a sua destituição de golpe, por um processo parecido, porém bem mais demorado (entre maio e dezembro de 1992 - ver aqui).

Será mesmo o fim do tabu?

Será mesmo o fim da sina corinthiana na Copa Libertadores?

O Corinthians conseguiu segurar Neymar e seus companheiros e, mesmo com o gol do craque santista, foi coerente com a filosofia de Tite de privilegiar a defesa, às vezes até às raias de chamar o adversário para a briga, principalmente no primeiro tempo, quando os torcedores 'fiéis' sofreram com o gol adversário. Fora isso, o topetudo não conseguiu fazer muita coisa. Ganso não ajudou em nada. E o castigo para o Santos veio. Logo aos 2 min. do segundo tempo, veio o empate. Danilo fez o gol que mudou a história do seu clube. 

Danilo fez o gol que levou o Corinthians à final inédita (Leandro Moraes/UOL)

Hoje, o clube conhecido como o 'Timão' vai conhecer o próximo adversário. Provavelmente será o Boca Juniors, que venceu o Universidad de Chile por 2 a 0 em La Bombonera, o seu alçapão particular. Mas o time chileno pode ainda mudar essa história. Se conseguir a façanha, teremos uma final com dois times que nunca ergueram a famosa taça abaixo.

E terão a chance de disputar o Mundial de Clubes com outro clube que ganhou só agora a Liga dos Campeões da Europa, o Chelsea. Seria uma disputa jamais vista antes.

Lula e Maluf juntos por Haddad

Muitos certamente estranharam a aliança de Lula e Maluf para alavancar a campanha de Fernando Haddad pelas eleições municipais deste ano. Os dois representam setores diferentes da política nacional, com ideologias em geral opostas, mas concordantes em muitos pontos, principalmente nos últimos anos: fisiologismo, favorecimento de amigos, apadrinhamento, populismo, e outros hábitos de mais um século. 

Haddad com Lula e Maluf: alianças de peso, muito peso... (Raphael Di Cunto/Valor)

Não é tão estranha, porém, essa ligação. Já no primeiro mandato de Lula, Maluf amansou o seu discurso tradicionalmente anti-petista. Deixou de demonizar a estrela como fazia antes, e Lula como representante do anarquismo e do sindicalismo radical. E Lula deixou também de encarar a velha raposa política como um inimigo a ser combatido. Uma reportagem de 2003 da Folha é um exemplo disso. Aconteceu quando o PT ainda era encarado como paladino da honestidade nacional.

Mesmo sem a aliança, os números de Haddad não eram nada animadores: apenas 8% do eleitorado expressou seu voto nele, e 12% rejeitaram-no. E isso com a ajuda de Lula SEM o Maluf (eram números do Datafolha no dia 14 de junho, portanto antes da aliança), pois antes a situação era pior ainda: 7% de intenções de voto e 15% de rejeição, em março, também segundo o Datafolha. Para efeito de comparação, José Serra ficou nos 30% de intenções de voto e 32% de rejeição, mas Serra é muito mais conhecido do que Haddad na cidade e boa parte da rejeição ao tucano se deve ao precedente de não cumprir o seu mandato integralmente, deixando a cidade nas mãos de Gilberto Kassab.

O próprio Haddad precisa mostrar a que veio, pois ele não é muito conhecido (49%, segundo o Datafolha), e parece conhecer pouco como São Paulo funciona. Quem o conhece sabe que ele foi ministro da Educação, e durante essa época vieram as fraudes seguidas no Enem, assunto já explorado em dois posts neste blog. Ler aqui e aqui. Sem falar na qualidade do ensino público, do 'empenho' em combater as drogas nas escolas, no tal 'kit gay' que ia ser distribuído para alunos do ensino fundamental e nos livros que aprendem as crianças a falar errado, aprovados pelo MEC (este último assunto também abordado por aqui).

Com Maluf, Haddad pode ganhar mais de um minuto por dia em sua propaganda eleitoral para ficar mais conhecido, porém sua taxa de rejeição pode aumentar consideravelmente por conta dessa e de outras alianças. Pelas razões apontadas acima, os adversários não vão falar só do ex-governador paulista. A campanha já começou com o pé esquerdo porque Luiza Erundina, que iria ser a vice de Haddad, desistiu da idéia. Erundina, do PSB e ex-petista, não gostou da aliança de seus ex-colegas com Maluf, seu grande adversário político. 

O consenso da Rio + 20

A Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável no Rio apresentou o rascunho do documento final sobre os compromissos dos países para se desenvolverem sem agredir tanto o nosso planeta.

E ninguém ficou muito contente. Para os grandes poluidores, o texto ficou um pouco mais visionário do que eles gostariam. Para os países em desenvolvimento, é um monte de promessas. Alguns falam em retrocesso em relação à Rio 92. Outros dizem que as intenções são mais pragmáticas do que as assumidas vinte anos atrás. Prevaleceu as idéias dos representantes norte-americanos, que rechaçaram as idéias de fundo global pela preservação e transferência de tecnologia para as nações menos desenvolvidas poderem expandir suas atividades econômicas sem devastação.

Para muitos ambientalistas, o Rio + 20 fez o papel da "montanha que pariu um rato" (Parturiunt montes, nascetur ridiculus mus, no original em latim). O documento, segundo eles, mostraria falta de compromisso dos países em preservar o meio ambiente, o que só confirma o difícil equilíbrio entre o desenvolvimento econômico dos países com a responsabilidade de todos nós em cuidar do nosso planeta. Obviamente, ambos são de importância vital para todos.

O esboço do documento final pode ser lido no site do evento. 

As atualizações do Firefox são um pé no saco!

O navegador Firefox é conhecido por suas atualizações frequentes, e isso realmente tem irritado muitos usuários. 

No momento, ele é conhecido como versão 13, embora ninguém com certeza consiga explicar a diferença em relação à versão 12, a não ser a incompatibilidade de algumas extensões, ou seja, aquele utilitário que você achou interessante e rodava em versões antigas do Firefox passa a não funcionar nas novas. 

A Mozilla alega que o Firefox é aperfeiçoado constantemente para garantir maior velocidade na navegação. Mas quem notou diferença neste ítem?

Há pouco tempo, o Firefox era conhecido na versão 3, com pouquíssimas diferenças visuais em relação à atual. 

Enquanto isso, o Google Chrome está ganhando espaço, ultrapassando até o famigerado Internet Explorer no mercado mundial de navegadores, conforme mostra o gráfico (Fonte: Olhar Digital e StatCounter). 

Por culpa da política maluca da Mozilla, o seu navegador deixou, desde o ano passado, de ser o segundo mais usado, e a velha ambição de ultrapassar o Explorer nunca foi satisfeita. Azar dos donos da marca da 'raposa de fogo'.

Neymar estava estranho

Ele sumiu de novo em uma partida internacional, desta vez contra o arqui-rival Corinthians na Libertadores. 

Acostumado a dar canseira nas zagas adversárias, Neymar não foi nem sombra do craque que costuma ser. E o Santos pagou por isso: foi derrotado por 1 a 0 mesmo com a "ajuda" de parte da torcida que usou sinalizadores e até um laser, coisas dignas de passar algum tempo na cadeia (mas estamos na América Latina e não na Europa). 

Paulo Henrique Ganso e Elano também passaram em branco. Quem brilhou foi o anti-herói dessa história toda, Emerson, do time rival, ao ser o autor do único gol e ao mesmo tempo ter recebido o único cartão vermelho da partida.

Começou a Rio+20

A presidentA Dilma inaugurou a Rio +20, que avalia os resultados decorridos 20 anos depois da famosa Rio 92, ou Eco 92. 

Nesses 20 anos, poucos avanços foram feitos, devido ao difícil equilíbrio entre sustentar sete bilhões de pessoas e preservar o meio ambiente. Ainda estamos em processo de conscientização, e mudar mentalidades como evitar o desperdício, reciclar, não jogar lixo nas ruas e córregos, tratar o esgoto, investir em saneamento básico, são tão importantes quanto pesquisar e aperfeiçoar formas de geração de energias com menor custo ambiental e investir em produtos que agridam menos o meio ambiente. Sem falar nas campanhas pela preservação das espécies ameaçadas, que é o lado mais romântico da consciência ecológica.

Diante do enorme desafio em conciliar meio ambiente e desenvolvimento, 20 anos são um prazo muito curto para se esperar, de fato, um resultado palpável. Vejamos como os representantes do país anfitrião, e também os outros, irão defender suas iniciativas a favor do nosso planeta.

Da série 'Marcas famosas desconhecidas no Brasil', parte 4

A maioria das pessoas nunca ouviu falar da Reckitt Benckiser. Pois é ela a dona de vários produtos químicos, de higiene e limpeza.

É uma gigante britânica, cujo poderio faz frente à anglo-holandesa Unilever e à americana P & G. Porém, as concorrentes fizeram campanhas de marketing que as tornaram conhecidas do público. A Unilever é dona do slogan "Cada gesto conta", e a P & G patrocina sorteios como o "avião do Faustão". Já a Reckitt faz propaganda maciça de seus produtos, mas nunca mostra o logotipo da empresa. São eles:

- o desodorizador Air Wick; 

- os inseticidas Mortein, Detefon e SBP; 

- os limpadores Vanish, Harpic e Veja; 

- a "graxa" para sapatos Nugget;

- a cera Poliflor; 

- o polidor Brasso; 

- o anil Colman; 

- o sabonete antisséptico Dettol, entre outros

Antes de 1999, era conhecida como Reckitt & Colman. Neste mesmo ano, a holandesa Benckiser foi adquirida. Curiosamente, a Unilever também é uma união de empresas britânicas e holandesas. 

As feridas após o jogo

Passados dois dias, a Seleção ainda tenta assimilar o show dado por Messi. Ninguém conseguiu se sobrepor a ele, muito menos Neymar. 

Os 4 a 3 não foram um placar muito dilatado, e por enquanto Mano Menezes continua no cargo. Existe um problema: se estivéssemos, por exemplo, em qualquer etapa eliminatória da Copa do Mundo, pode ser um placar ainda menos dilatado (5 a 4, 6 a 5, etc.). O Brasil seria eliminado. 

Há tempo para Mano consertar as falhas na defesa? Sim, para 2014. Porém, as Olimpíadas de Londres já estão praticamente para começar, e a maldição de nunca ganhar medalha de ouro olímpica está tão forte quanto o brilho da estrela de Messi. O que a Seleção poderá fazer por lá, nem eles mesmo podem afirmar com certeza. Só Deus...

Da série 'Marcas famosas desconhecidas no Brasil', parte 3

Por aqui ela não é muito conhecida, mas lá fora é diferente. Nos EUA, seu país de origem, ela possui centenas de produtos, sucessos de vendas nos mercados. 

A General Mills é a gigante dona da Häagen-Dazs, famosa marca de sorvetes. Também é dona da Yoplait, fábrica de laticínios conhecida pelos iogurtes, e de várias marcas de cereais, inclusive matinais (como a Cheerios) e barras energéticas. No Brasil sua razão social é General Mills Brasil Ltda.

No mês passado, a empresa aumentou sua presença por aqui, quando adquiriu a Yoki, conhecida nacionalmente pelas pipocas. O nome da gigante transnacional foi citado na imprensa durante a investigação do violentíssimo assassinato de um dos executivos da fábrica brasileira, Marcos Matsunaga, cujas investigações apontam a própria mulher como a autora. O crime aconteceu enquanto a Yoki foi vendida por R$ 1,75 bilhão. Com isso, a General Mills acabou também levando o ônus de uma dívida de aproximadamente R$ 200 milhões, o que não é pouco, mas também pode ser facilmente amortizada, devido às dimensões da americana. 

Há motivos para a General Mills não ser muito conhecida por estas bandas. Fora a Yoplait e a Häagen-Dazs, e agora a Yoki, não há outro brand que represente a empresa por aqui. Recentemente (1999), a Forno de Minas havia sido vendida para a Pillsbury, empresa posteriormente absorvida pela General Mills. A iniciativa fracassou porque a mudança na formulação do pão de queijo, especialidade da empresa mineira, não agradou aos consumidores. As vendas despencaram, e, em 2009, a Forno de Minas voltou a ser controlada pelos antigos donos.

O jubileu de diamante da rainha Elizabeth II

A rainha Elizabeth II da Grã-Bretanha fez ontem 60 anos de reinado. Seu reinado já está bem próximo de superar o recorde alcançado pela rainha Vitória, dona de um reinado de 64 anos. 

A cerimônia teve direito a muita pompa e circunstância, como naquela música festiva de Edward Elgar, um dos mais conhecidos compositores ingleses, que fez parte do repertório da festa junto com músicas mais contemporâneas dos também sires Paul McCartney e Elton John. O maior acontecimento foi o passeio de centenas de súditos da rainha pelo rio Tâmisa. Quase todos os membros da família real participaram, com exceção do consorte, o marido da rainha, Philip, que está com uma infecção na vesícula e internado num hospital.

Porém, o começo de reinado de Sua Majestade Britânica foi, na prática, a partir da morte de George VI, em 6 de fevereiro de 1952. Portanto, o marco dos 60 anos já foi há quatro meses atrás.

Quando a rainha Elizabeth II começou a reinar, o mundo já não tinha encantos pelas monarquias; agora, elas são vistas como algo exótico (foto: Carl Court/AFP/Getty Images)

Enquanto em Londres houve um clima quase feérico, os egípcios continuam querendo a morte para Hosni Mubarak e seus filhos; ele foi condenado à "branda" pena de prisão perpétua enquanto os filhos do ex-ditador foram absolvidos. E a Síria caminha a passos largos para ser o mais novo e terrível "barril de pólvora" da Ásia Ocidental. Sem falar na crise econômica que devasta a própria Europa...

Domingo negro para o esporte brasileiro

O torcedor brasileiro engoliu dois sapos-bois ontem. 

Primeiro, a comentadíssima partida da Seleção de Mano Meneses contra o México no amistoso de Dallas. Foram dois gols na partida, todos mexicanos. Neymar foi bem marcado pelos adversários, mostrando mais uma vez que ele pode ser neutralizado.

Segundo, a derrota da Seleção de Bernardinho contra os anfitriões poloneses na Liga Mundial, realizada naquele país da Europa, mais precisamente na cidade de Katowice. Foi do modo mais sofrido, no tie-break. Os resultados foram apertados: 26/24 - 23/25 - 25/23 - 23/25 - 15/10. Ou seja, só no set final os poloneses conseguiram vencer com alguma folga, para tristeza do torcedor que já estava irritado com a pífia apresentação no futebol. 

Pose sugestiva feita por Neymar após o amistoso (foto: Mowa Press/UOL)

As duas partidas aconteceram no mesmo horário (entre 16h e 18h) e marcaram a quebra de vitórias em seguida. É o suficiente para deixar muito torcedor pessimista: será que teremos alguma medalha nos esportes coletivos? Pois ainda há o basquete, onde o Brasil atualmente não se destaca tanto.

All-in-one portátil ou tablet gigante?

A ASUS apresentou, em Taiwan, uma máquina que pretende ser tudo e mais um pouco: o Transformer AIO. 

Ele é um desktop dual boot que roda tanto o Windows 8 quanto o Android. Sua tela não impressiona para um all-in-one: 18,4 polegadas, um tamanho considerado pequeno hoje em dia. Porém, ele pode se transformar num tablet, esquecendo o teclado.

Computador fácil de transportar ou tablet 'trambolho'? Eis a questão (fonte: Baixaki/Tecmundo)

O problema é: como tablet, ele se torna muito grande. Na hipótese (remotíssima) da ASUS instalar uma fábrica no Brasil para fazer este modelo, Itu seria um lugar óbvio... 

Se já parece uma esquisitice para muitos tirar fotos com um iPad ou Samsung Galaxy, imagine com o Transformer AIO. Mais assustador do que o tamanho, deve ser o preço, ainda não divulgado, por ser apenas um protótipo (e ele falhou em algumas vezes quando foi apresentado).

Mubarak condenado

O ex-ditador Hosni Mubarak fez por merecer a prisão perpétua, pena a qual ele foi condenado pela morte de 850 pessoas durante a repressão feita em 2011 quando ele tentava se defender da "Primavera Árabe" e se apegar ao poder antes de perdê-lo. 

Se ele, responsável por um regime opressivo e por mandar prender vários opositores e matar 850 pessoas (para um ditador não é muito, mas é duro explicar isso para as famílias das vítimas), foi condenado a essa pena, dá para imaginar qual seria a condenação de Bashar al-Assad, seu colega sírio com muito mais mortes sob sua autoria, principalmente nos últimos tempos. Isso se ele vier, um dia, a ser deposto. 

Já em Cuba, Coréia do Norte e Mianmar (atual Birmânia), entre outras ditaduras, pouco se fala.