quinta-feira, 28 de junho de 2012

Batalha da final - Primeira parte

O Boca Juniors tinha uma ampla vantagem contra brasileiros em finais da Copa Libertadores da América. Enfrentou o Cruzeiro em 1977, o Palmeiras em 2000, o Santos em 2004 e o Grêmio em 2007. Venceu todos eles. Mas havia a final em 1963, contra o Santos de Pelé. E o Boca amargou a única derrota contra um time brasileiro. 

Já o Corinthians sabia que tinha de fazer o resultado, tarefa nada fácil ainda mais em La Bombonera, talvez o maior 'alçapão' que existe nas Américas. Para piorar, os tarimbados nesta competição tinham Riquelme. E o time brasileiro não tinha nomes de destaque, pelo menos entre os titulares, mas atuava em conjunto de acordo com o 'retranqueiro mas eficiente' sistema tático de Tite. Mas tinha um reserva, do qual falarei mais adiante...

Na primeira batalha, o Boca parecia cauteloso mas não a ponto de respeitar o estreante brasileiro em finais de Libertadores. Eles pressionaram, e a defesa corinthiana segurava o quanto podia. Tanto que o primeiro tempo terminou como começou: 0 a 0. 

Após o intervalo, houve uma mudança de postura e o time da casa deu trabalho, para alegria dos milhares de torcedores. Liedson substituiu o contundido Jorge Henrique no intervalo, mas estava apagado. E mais apagada estava a defesa, no momento em que permitiu a abertura do placar, por Roncaglia, em lance polêmico com direito a tentativa de Chicão de defender a bola na área com a mão, o que seria considerado pênalti se não houvesse o gol portenho. 

Mas a tradição do Boca de se impor aos adversários em finais foi quebrada, quando Romarinho - que não é filho de Romário como chegaram a dizer alguns jornais portugueses (parece piada) - entrou no lugar de Danilo, também não muito bem no jogo, e três minutos depois empatou a partida. 

 Romarinho já mostrou do que sabia no Brasileirão, contra o Palmeiras. E foi o responsável pelo Corinthians ter arrancado um empate com sabor de vitória em plena La Bombonera

Romarinho nem titular era, e era a sua primeira partida num torneio internacional, ainda mais contra o mais temível adversário. Mas era David contra os Golias argentinos. E ele foi o nome do jogo.

La Bombonera se calou, e só ensaiou uma reação nos lances de ataque mais decisivos. Felizmente, nenhum deles resultou em gol. 

Ficou no 1 a 1. Empate importantíssimo para um time que buscava o título que faltava para ser considerado digno de respeito fora do Brasil, mas só o segundo jogo, no Pacaembu, vai definir quem será o campeão.

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