Muitos certamente estranharam a aliança de Lula e Maluf para alavancar a campanha de Fernando Haddad pelas eleições municipais deste ano. Os dois representam setores diferentes da política nacional, com ideologias em geral opostas, mas concordantes em muitos pontos, principalmente nos últimos anos: fisiologismo, favorecimento de amigos, apadrinhamento, populismo, e outros hábitos de mais um século.
Não é tão estranha, porém, essa ligação. Já no primeiro mandato de Lula, Maluf amansou o seu discurso tradicionalmente anti-petista. Deixou de demonizar a estrela como fazia antes, e Lula como representante do anarquismo e do sindicalismo radical. E Lula deixou também de encarar a velha raposa política como um inimigo a ser combatido. Uma reportagem de 2003 da Folha é um exemplo disso. Aconteceu quando o PT ainda era encarado como paladino da honestidade nacional.
Mesmo sem a aliança, os números de Haddad não eram nada animadores: apenas 8% do eleitorado expressou seu voto nele, e 12% rejeitaram-no. E isso com a ajuda de Lula SEM o Maluf (eram números do Datafolha no dia 14 de junho, portanto antes da aliança), pois antes a situação era pior ainda: 7% de intenções de voto e 15% de rejeição, em março, também segundo o Datafolha. Para efeito de comparação, José Serra ficou nos 30% de intenções de voto e 32% de rejeição, mas Serra é muito mais conhecido do que Haddad na cidade e boa parte da rejeição ao tucano se deve ao precedente de não cumprir o seu mandato integralmente, deixando a cidade nas mãos de Gilberto Kassab.
O próprio Haddad precisa mostrar a que veio, pois ele não é muito conhecido (49%, segundo o Datafolha), e parece conhecer pouco como São Paulo funciona. Quem o conhece sabe que ele foi ministro da Educação, e durante essa época vieram as fraudes seguidas no Enem, assunto já explorado em dois posts neste blog. Ler aqui e aqui. Sem falar na qualidade do ensino público, do 'empenho' em combater as drogas nas escolas, no tal 'kit gay' que ia ser distribuído para alunos do ensino fundamental e nos livros que aprendem as crianças a falar errado, aprovados pelo MEC (este último assunto também abordado por aqui).
Com Maluf, Haddad pode ganhar mais de um minuto por dia em sua propaganda eleitoral para ficar mais conhecido, porém sua taxa de rejeição pode aumentar consideravelmente por conta dessa e de outras alianças. Pelas razões apontadas acima, os adversários não vão falar só do ex-governador paulista. A campanha já começou com o pé esquerdo porque Luiza Erundina, que iria ser a vice de Haddad, desistiu da idéia. Erundina, do PSB e ex-petista, não gostou da aliança de seus ex-colegas com Maluf, seu grande adversário político.
Mesmo sem a aliança, os números de Haddad não eram nada animadores: apenas 8% do eleitorado expressou seu voto nele, e 12% rejeitaram-no. E isso com a ajuda de Lula SEM o Maluf (eram números do Datafolha no dia 14 de junho, portanto antes da aliança), pois antes a situação era pior ainda: 7% de intenções de voto e 15% de rejeição, em março, também segundo o Datafolha. Para efeito de comparação, José Serra ficou nos 30% de intenções de voto e 32% de rejeição, mas Serra é muito mais conhecido do que Haddad na cidade e boa parte da rejeição ao tucano se deve ao precedente de não cumprir o seu mandato integralmente, deixando a cidade nas mãos de Gilberto Kassab.
O próprio Haddad precisa mostrar a que veio, pois ele não é muito conhecido (49%, segundo o Datafolha), e parece conhecer pouco como São Paulo funciona. Quem o conhece sabe que ele foi ministro da Educação, e durante essa época vieram as fraudes seguidas no Enem, assunto já explorado em dois posts neste blog. Ler aqui e aqui. Sem falar na qualidade do ensino público, do 'empenho' em combater as drogas nas escolas, no tal 'kit gay' que ia ser distribuído para alunos do ensino fundamental e nos livros que aprendem as crianças a falar errado, aprovados pelo MEC (este último assunto também abordado por aqui).
Com Maluf, Haddad pode ganhar mais de um minuto por dia em sua propaganda eleitoral para ficar mais conhecido, porém sua taxa de rejeição pode aumentar consideravelmente por conta dessa e de outras alianças. Pelas razões apontadas acima, os adversários não vão falar só do ex-governador paulista. A campanha já começou com o pé esquerdo porque Luiza Erundina, que iria ser a vice de Haddad, desistiu da idéia. Erundina, do PSB e ex-petista, não gostou da aliança de seus ex-colegas com Maluf, seu grande adversário político.
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