quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Oscar Niemeyer (1907-2012)

Como não bastasse o ano de 2012 estar infestado de más notícias, tragédias e mortes de todo tipo, mais um acontecimento para deixar o Brasil e o mundo triste. Diga-se de passagem: era mais do que esperado, devido à idade do falecido: 104, quase 105 anos. 

 Niemeyer, "cinquentão", na longínqua década de 1950, quando estava projetando Brasília

Oscar Niemeyer viveu muito e produziu intensamente durante praticamente toda a sua vida. Foi autor de dezenas de grandes obras, que valorizavam as curvas em detrimento da reta. O Edifício Copan foi obra dele, assim como o Memorial da América Latina, orgulhos de São Paulo. Em Belo Horizonte, o conjunto arquitetônico da Pampulha, com destaque para a igreja, de grande beleza (considerando que o arquiteto era ateu). O CTA, complexo militar de São José dos Campos, também teve a mão do gênio. O Rio de Janeiro recebeu o maior número de obras dele, desde a sede do antigo Ministério da Educação até o Sambódromo na Marquês de Sapucaí. Sem falar nos trabalhos no exterior, inclusive uma ajuda no projeto da sede da ONU (1946). 

No entanto, a obra mais comentada (e também a mais polêmica) foi a cidade de Brasília, feita juntamente com Lúcio Costa, outro grande intelectual que também teve vida longa (morreu aos 96 anos, em 1998). Na época era um projeto quase insano de tão revolucionário: aquelas formas loucas no meio do cerrado quase seco, tão longe de qualquer outra cidade grande. Ele conseguiu fazer, apesar de todas as críticas, e tornou não só o seu nome, mas também o de Juscelino Kubitscheck, respeitado no mundo inteiro. 


 O arquiteto não teve como imaginar no que daria fazer o Planalto e o prédio do Congresso, alvos da ira de mutos brasileiros por várias razões

Ele já entrou para o rol dos grandes personagens da história do Brasil, e foi um dos maiores criadores dos últimos 100 anos em todo o mundo. Quem o sucederá?

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