quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Um outro adeus, para 2013

Muita gente lamentou a morte de Oscar Niemeyer, o grande arquiteto. E vai lamentar a despedida de outra criatura longeva, a Volkswagen Kombi. 

Ela continua a ser muito vendida pela sua robustez, espaço, baixo preço e baixo custo de manutenção, mas apresenta problemas tão graves de segurança, como ausência de qualquer aperfeiçoamento estrutural para absorver os choques (a tal ponto do veículo ficar pouco avariado mas seus ocupantes morrerem em uma colisão), falta de ABS e air-bag, suspensão ineficaz, facilidade para pegar fogo (problema atenuado a partir da adoção do motor 1.4 a água) e outros problemas, que tornou-se inviável mantê-la em produção, pelo menos em sua forma atual. 

Um outro veículo, diferente mas algo parecido, pode tomar o lugar de um dos carros mais emblemáticos da indústria automobilística brasileira. É a Transporter. 

Esta van pode adotar o nome Kombi, mas a versão brasileira não vai parecer tão "luxuosa" (foto de um anúncio francês da Olx)

Vai ser um choque um carro tão mais moderno (e mais caro) vir a ser oferecido por aqui com a aposentadoria da chamada "Velha Senhora". Não é nenhuma referência em termos de design e muito menos de sofisticação, sendo considerada até um pé-de-boi para os padrões europeus (é produzida no Velho Continente, inclusive no país de origem da marca, a Alemanha). Pode transportar apenas 7 pessoas, como nas outras vans, ou continuar a transportar 9, porém com mais conforto e segurança.

A maioria dos brasileiros ainda não está a par da notícia e certamente irá estranhar muito este carro, no caso dele ser lançado em 2013. Ainda existem outras opções, mas esta parece ser a mais provável, mesmo porque a Kombi é nada menos que uma versão antiga da Transporter, correspondente à versão T2 (segunda geração). A primeira (T1) era a Kombi antiga, fabricada aqui até 1974. As três primeiras gerações do veículo eram conhecidas como Type 2 (Type 1 era o outro nome do Fusca). A Transporter européia está na quinta geração, chamada de T5. O motor é dianteiro, solução adotada em 1990, com o lançamento da T4, a quarta geração, na Europa. A T4 chegou a ser importada para o Brasil no final da década de 1990 com os nomes de Multivan (mais simples) e Caravelle (mais sofisticada).

Por aqui, entre 1975 e 1997 a Kombi brasileira mesclava elementos das versões T1 e T2, até a adoção das portas corrediças. Mesmo com a modernização de 1997, continuou sendo um dinossauro comparado com carros bem mais modernos.

Abaixo, as diversas gerações da van da Volks:

A primeira geração, correspondente à Kombi mais antiga (do blog "Clássicos Automotivos")

A "Kombi" do seriado Lost era a segunda geração, já disponível na Alemanha em 1967 com portas corrediças

A terceira geração era ainda mais feia. De formas quadradonas, foi lançada em 1979 na Europa. Ainda tinha o motor atrás (do site Classiccar.com)

A quarta geração da van já tinha o formato atual, e seu motor foi instalado na frente. Deixou de adotar o nome de Type 2 (foto obtida a partir de um anúncio na Olx, de Perth, Austrália).



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