Durante a gestão Kassab, não houve a construção de novos corredores de ônibus. O prefeito limitou-se a melhorar os já existentes, como o da Avenida Rebouças, cuja concepção na gestão anterior, da prefeita Marta Suplicy, era equivocada, gerando problemas de lentidão perto dos pontos. Os problemas não foram, porém, resolvidos de forma satisfatória. A morosidade continua, principalmente porque esses corredores possuem todos os cruzamentos do resto da avenida onde foram construídos. Se houver uma via congestionada no caminho, os passageiros de ônibus terão de ter muita paciência, assim como os motoristas.
Como o antigo prefeito, assim como todos os outros, não atacou o problema do trânsito, o direito de ir e vir do cidadão paulistano, seja ele dono de seu próprio carro ou usuário de ônibus, nunca foi tão lesado.
O prefeto Haddad vai retomar a construção de novos corredores. Como os antigos, todos eles serão meras vias onde carros comuns, motos e caminhões estão proibidos de passar, mas com semáforos e tudo, cruzando vias congestionadas, sem a agilidade do sistema de metrô. Uma única exceção é o corredor da 23 de Maio, uma via expressa, mas há o problema de ser uma avenida muito requisitada pelos motoristas, e dedicar duas das faixas dessa pista que liga o centro à zona sul da cidade será um problema a mais.
E existem projetos de implementar corredores em vias com poucas linhas de ônibus, como a Av. dos Bandeirantes e a Av. Salim Farah Maluf. Só irá confiscar espaço dos carros e dos caminhões. Seria muito melhor, porém bem mais caro, a prefeitura contribuir para a expansão do metrô. São Paulo, como já escrevi em postagens anteriores, é uma cidade cuja malha metroviária fica abaixo da crítica.
Logo, os corredores de ônibus melhorariam um pouco a vida dos usuários, mas são apenas um paliativo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário