A blogueira cubana finalmente pôde viajar ao Brasil depois de várias negativas do governo cubano, e foi ora bem recebida, por aqueles que prezam a liberdade de expressão, ora com hostilidade, pelos simpatizantes do regime cubano, entre eles membros do PT.
Ontem, ela conseguiu desembarcar no Brasil, mais precisamente em
Salvador, e depois foi para Feira de Santana participar de um debate.
Era também para mostrar o documentário "Conexão Cuba-Honduras", do cineasta Dado Galvão, amigo da blogueira, cujo lançamento fora adiado desde 2010, quando houve a primeira tentativa de pedir autorização ao governo cubano para ela viajar e mostrar o filme a diversos países.
Quem se manifestou contra ela, membros da UJS, União da Juventude Socialista, conseguiu impedir o lançamento do documentário em Feira de Santana. Ela limitou-se a fazer o debate político, ao lado de pessoas mais afeitas ao diálogo e menos sectárias. Uma delas foi o senador Eduardo Suplicy.
De início, Yoani se pronunciou sobre as hostilidades, interpretando-as como manifestação da democracia. Porém, depois ela mudou o tom, mostrando sua indignação com os simpatizantes da ditadura. Apontou a ignorância de muitos deles, por não lerem o blog dela, chamado de Generation Y. Quem o ler, notará que ela não é um mero instrumento dos EUA, e não se trata de uma simples dissidente política, pois continua a morar em Havana. Ela já disse que é contra o embargo econômico imposto pelos americanos a Cuba.
Yoani Sanchez apenas quer expressar o seu direito de pensar, algo sistematicamente negado pela ditadura dos Castro, e viver como uma pessoa normal. E ainda vai conseguir lançar o documentário em outro local do Brasil, mesmo com a gritaria em torno dela.
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