Cristiano Ronaldo confirmou o favoritismo e ganhou, pela segunda vez, a Bola de Ouro da Fifa, interrompendo premiações seguidas de Messi. O português do Real Madrid tinha como maior oponente o francês Franck Ribéry, atualmente no Bayern. Não foi uma barbada, pois ele só recebeu 27,99% dos votos, contra 24,72% de Messi e 23,36% de Ribéry.
Na premiação, CR7, como é conhecido, trouxe o filho Júnior, de 4 anos, e não se conteve diante do resultado previsível. Menos previsível foi a homenagem a Pelé, o 'rei'. Ele foi um dos grandes injustiçados ao nunca ganhar a Bola de Ouro, mas desta vez a Fifa tentou corrigir a injustiça.
Cristiano Ronaldo e Pelé foram os grandes vencedores (AFP/Getty Images)
Outros fatos foram destaque na mídia internacional, principalmente dois:
1. A premiação do Globo de Ouro, com a consagração de Breaking Bad, melhor seriado dramático, e dos filmes 12 anos de escravidão (drama) e Trapaça (comédia). Este último tem Jennifer Lawrence no elenco, premiada como melhor atriz de comédia ou musical. Woody Allen recebeu a homenagem da Academia pelo conjunto da obra, mas não compareceu à cerimônia, confirmando sua fama de reservado. Diane Keaton recebeu o prêmio Cecil B. de Mille no lugar dele. Seu filme, "Blue Jasmine", recebeu o prêmio de melhor atriz de drama (Cate Blanchett). Na parte da televisão, o protagonista de Breaking Bad, Bryan Cranston, confirmou o favoritismo, mas a comédia Brooklyn 9-9, ainda não exibida no Brasil, também foi premiada.
2. Os funerais de Ariel Sharon, um dos mais contravertidos políticos e militares de Israel. Responsável pelo massacre de refugiados palestinos no Líbano, em Sabra e Chatila, ao dar cobertura a milicianos cristãos na região, ele também visitou a mesquita al-Aqsa de forma deliberada em 2000, dando pretexto à Segunda Intifada. No ano seguinte, ele foi eleito primeiro-ministro e adotou uma postura mais ponderada, apesar de ter mandado construir muros em torno da Cisjordânia, isolando-a de Jerusalém e outras regiões de Israel. Ele mandou despejar os colonos israelenses da Faixa de Gaza e atraiu a ira dos extremistas judeus. Sem o apoio de boa parte do Likud, fundou o Kadima, partido considerado de "centro", o que é irônico para alguém sempre apontado como "extremista". Em 2006, Sharon sofreu um AVC e nunca mais saiu de um longo estado de coma. Apesar de esperada, a morte do líder israelense foi lamentada em boa parte do Ocidente.
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