sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

São Paulo, 460 anos

A grande metrópole brasileira completará amanhã 460 anos de idade. 

Desta vez não vou falar dos inúmeros defeitos desta cidade inchada e hipertrofiada (pô, mas já estou falando de defeitos!), como o fato de inundar com a menor chuva, e a última delas aconteceu logo hoje, para tornar a vida dos paulistanos uma desgraça e... bem, vou parar as críticas por aqui.

Em todos estes anos, esta enorme cidade resistiu aos desmandos das prefeituras, principalmente no período da Nova República (desde 1985), onde parece que nenhum deles se salva de ser lamentado e difamado... (aff! lá vou eu fazer crítica de novo) e confirmou sua fama de ser um orgulho da nossa nação. 

A cidade, sozinha, responde por 11,5% do PIB de todo o pais. Já foi ainda maior, mas houve uma pequena descentralização monetária neste país cheio de desigualdades. Sua pujança econômica está concentrada nos setores de serviços, comércio e indústria. Esta é uma cidade que movimenta muita grana, mesmo nas empobrecidas periferias, onde às vezes falta saneamento básico e segurança (aham! chega disso!) mas existem várias lojinhas e filiais das Casas Bahia e do Magazine Luiza. 

Possui a maior malha viária, sempre entupid... (opa!), a maior rede de metrô, ainda insuficiente para suprir a demanda (hummm) e a maior frota de ônibus, às vezes lotados e sucatead... (xi!)

Nesses 460 anos a cidade se desenvolveu e adquiriu lugares com características muito sólidas. 

No centro de São Paulo, onde se pode encontrar de tudo, desde o pujante comércio da 25 de Março e da Santa Ifigênia - com a cada vez mais constante repressão da polícia, por serem os paraísos do comércio informal (epa! criticando de novo!) até o Mercado Municipal, passando pelos mendigos e pela cracolând... aliás, pela quantidade de teatros na Bela Vista, restaurantes japoneses de toda qualidade na Liberdade (o bairro oriental), prédios históricos como o Martinelli, o Copam e o Edifício Itália, e o famoso monumento do Duque de Caxias na cracol... nos Campos Elísios. É o lugar também da Bovespa, a única Bolsa de Valores do Brasil desde a desativação da Bolsa do Rio de Janeiro, a BVRJ em 2000. Também é lá onde está o imponente Teatro Municipal de São Paulo, e a sede da prefeitura, separados diretamente pelo histórico Viaduto do Chá sobre o Vale do Anhangabaú. Próximo à Zona Oeste está o Estádio Paulo Machado de Carvalho, conhecido como Estádio do Pacaembu. E não se pode esquecer da Catedral da Sé e do Pátio do Colégio, o Marco Zero da cidade, onde circulam milhões de pessoas, inclusive milhares de sem-tet... (argh! pode parar de criticar aí!). 

A parte conhecida como Jardins, entre o Centro, a Zona Oeste e a Zona Sul, possui a mais importante via da cidade, a Avenida Paulista. Também concentra muitos restaurantes, lojas, casas noturnas, serviços e comércio de alto padrão, com as mais conceituadas 'griffes' nacionais e internacionais, concentradas na rua Oscar Freire. Para o pessoal de fora de São Paulo, a região é conhecida como Jardins por causa dos bairros Jardim Paulista (com ruas homenageando outras cidades do estado, como al. Santos e al. Franca), Jardim América (os nomes das ruas são os países do continente, como Av. Brasil e r. Colômbia) e Jardim Europa (com várias ruas com nomes de países europeus). A região possui alto poder aquisitivo e é muito frequentada, daí os terríveis congestionament... (pff!) e poluição por toda a parte, de todos os tipos, do ar, sonora, eletromagnétic... (chega!). Por ter muitos bares e casas noturnas para o público GLBT, possui a polêmica fama de ser um dos lugares mais 'gays' da cidad... (hum!)

Na Zona Norte, agora dividida em Zona Norte propriamente dita e Zona Noroeste, os bairros periféricos dependem mais de Santana, o principal bairro, do que do centro, devido ao relativo isolamento da região. Em Santana existem muitas lojas, o Parque da Juventude (ex-Carandiru), o Terminal Rodoviário do Tietê (maior do país), o Parque Anhembi e o Sambódromo. No bairro vizinho, a Vila Guilherme, reúne um dos maiores shopping-centers da cidade, o Center Norte. A região é cortada por importantes rodovias como Dutra, Fernão Dias e Bandeirantes. Ainda nesta região, temos o Horto Florestal, importante área verde na cidade, e a Serra da Cantareira, parcialmente degradada pela ocupação irreg... (epa! de novo com uma crítica aqui!). Alguns bairros tradicionais como a Freguesia do Ó e outros de alto padrão, como o Jardim São Bento e o Jardim São Paulo. E o Santana Parque Shopping, que não fica em Santana mas no Lauzane Paulista. Fora isso, a Zona Norte tem grande potencial para crescimento, pois a demanda por locais de diversão é expressiva: faltam cinemas, teatros, casas noturnas, parques... (hum!) e o metrô está se expandindo para lugares como a Freguesia, a Brasilândia e Pirituba, dando impulso para bairros tão necessitados de tud... (uf!) Outros bairros da Zona Norte são bem tradicionais como a Vila Maria e a Casa Verde, onde parece tudo parado no temp... Sem mais, vamos passar para a próxima 

A Zona Sul é a maior região e, tradicionalmente, engloba as regiões Sudoeste, Sul propriamente dita e parte da região Sudeste (subprefeitura do Ipiranga). Boa parte desse lugar já foi independente, o município de Santo Amaro. É um lugar cheio de contrastes. Mais perto do centro, temos o metro quadrado mais caro do Brasil, na região da Av. Luís Carlos Berrini, o famoso Parque Ibirapuera, a Bienal, o Obelisco pelos Heróis de 1932, o Monumento às Bandeiras, o Museu do Ipiranga, o Aeroporto de Congonhas. Mais afastados estão o Credicard Hall, em Santo Amaro, e as represas Guarapiranga e Billings, verdadeiros quebra-galhos para uma cidade sem praias, e infelizmente prejudicadas pela poluição proveniente dos esgot... (ca-ham!). Ainda há o Autódromo de Interlagos e o Kartódromo, já bem longe do centro. O Centro Empresarial de São Paulo está nas vizinhanças do Jardim São Luís, um dos bairros mais violent... (puxa vida!). Bairros populares existem aos montes, como Heliópolis, Paraisópolis, Jardim Ângela, Capão Redondo e outros lugares com padrão de vida african... (argh!). Bem mais longe, está uma imensa área de mananciais, com alguns bairros formados por ocupações irregula... (aff!). Entre as rodovias do Imigrantes e Anchieta, existe o Parque do Estado, que reúne o Parque das Nascentes do Rio Ipiranga, o Jardim Botânico, o Jardim Zoológico e o Zôo Safari. Por falar em Imigrantes e Anchieta, são os caminhos para os paulistanos irem à praia. Ainda há o Terminal Rodoviário do Jabaquara, onde param ônibus para a Baixada Santista e Litoral Sul. E eu não falei da impressionante estátua do Borba Gato, para aterroriz... digo, para saudar os que visitam o bairro de Santo Amaro. 

Quanto à Zona Leste, também muito extensa e populosa, não se trata apenas de um lugar cheio de bairros de periferia, violentos e com baixo poder aquisit... (hum!). Nesta região existem locais de alto padrão, também, como o Jardim Anália Franco. Existe por lá um parque maior que o Ibirapuera, o Parque do Carmo. Para os corintianos, o Itaquerão, futura sede da Copa que sangrou bastante os cofres púb... (humm!). A região abriga o Parque Ecológico do Tietê, com várias espécies animais e vegetais, e é cortada pela Rodovia Ayrton Senna e pelo rio Tietê, que já naquele lugar é um esgoto a céu abert... (pfff!). A Zona Leste tem grande potencial de desenvolvimento, graças ao monotrilho que liga o Centro ao distante bairro de Cidade Tiradentes, passando pela Vila Prudente, Sapopemba e São Mateus. Esse monotrilho já custou muitos milhões e ainda está em fase de obras... mas é só parte de uma grande expansão a ser feita na malha metroviária, que afetará outros pontos dessa região. Ainda há alguns shoppings, como o Aricanduva e o Central Plaza Shopping, mas por lá ainda estão para implantar outros atrativos, como bares (não os botequins das esquinas, pois isso há de monte por lá... ops!), cinemas, teatros e restaurantes, que fazem falta em lugares tidos como carentes e abandonad... (aff!)

A Zona Oeste é a menor parte da cidade, mas reúne bairros importantes como Pinheiros, Lapa, Butantã e Barra Funda. Neste último bairro, o mais próximo do centro, existe o Memorial da América Latina, parcialmente danificado devido a um incêndio... e o Terminal Rodoviário da Barra Funda, que ainda reúne uma gigantesca estação de trem e de metrô, onde são feitas baldeações gratuitas entre um e outro meio de transporte. Existe uma grande infra-estrutura para a diversão dos habitantes, como bares e casas noturnas. Lá existem muitos restaurantes, e o maior entreposto de alimentos da cidade, a CEAGESP, sem falar na Cidade Universitária, o campus da mais famosa universidade do Brasil, a USP, no Butantã. É lá que se encontra o Instituto Butantan e o Museu de Arte Contemporânea. A Zona Oeste é cortada pela Marginal Pinheiros, uma das vias mais movimentadas da cidade, local imundo, alagável e repleto de congestionamentos infern... (hum! hum!) e por lá existem a Via Anhanguera, a Rodovia Castelo Branco, a Rodovia Raposo Tavares e a Av. Prof. Francisco Morato, cuja continuação é a Rodovia Régis Bittencourt. Por isso, o trânsito da região costuma ser um martíri... (cof! cof!), e fica pior quando há jogos no Estádio do Morumbi e no Estádio do Palmeiras (este último ainda passando por uma grande reforma). Esta é a região menos desigual da cidade, apesar da presença de várias favelas como Jaqueline, San Remo, Jaguaré e Real Parque (o nome mais mentiroso para um bairro, já que não há nem parque e lá só vive a plebe sem nada de "realeza"), onde a pobreza e a carência de qualquer coisa rein... (eita! chega de tanta crítica neste texto!). 

Há ainda muito mais a se dizer ainda sobre São Paulo, esta megalópole que completará 460 anos, com potencial para 'viver' muito mais. Mas vou parar por aqui. 


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