Depois de um ano, os parentes das 242 vítimas fatais da boate Kiss, em Santa Maria (RS), ainda não conseguem assimilar as perdas. Reúnidos na Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Boate Kiss, fizeram uma manifestação em memória dos mortos, quase todos jovens que só queriam se divertir. Diante dos fatos ocorridos depois de tanto tempo, eles passaram a ter algumas certezas:
1. Pouca, mas muito pouca, coisa mudou desde a tragédia. Muitas casas noturnas continuam interditadas, e existem aquelas que reabrem por conseguirem alvarás falsos.
2. Eles não esperam nada do poder público, alvo da descrença e descrédito para os enlutados e outros cidadãos. Existem leis referentes à prevenção de incêndios em locais fechados, mas ainda está tudo em projeto.
3. Também não confiam na Justiça, embora clamem por ela. Ainda não condenaram nenhum dos indiciados, entre proprietários da boate, bombeiros que emitiram o alvará de funcionamento e membros da banda Gurizada Fandangueira, que soltaram um sinalizador dentro de um local fechado.
4. Novos acidentes da mesma natureza poderão ocorrer.
Um país que não aprende com erros desse tipo com o tempo se torna, cada vez mais, merecedor de críticas e desprezo pelos seus habitantes e pelo resto do mundo. Ainda mais um erro brutal desses, matando gente como se estivéssemos num país em guerra civil. Cadê a Anistia Internacional?
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