quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Quer emagrecer após as festas? Siga estas dietas (e se arrependa)

No Brasil, muita gente se preocupa com os quilos a mais adquiridos após as festas de fim de ano e pensa em perdê-los a fim de aproveitar melhor o verão, isto é, o sol, a praia, a piscina. 

Existem algumas dietas adotadas para perder peso rapidamente. Elas até funcionam, mas com efeitos colaterais devastadores, como perda da saúde ou até da própria vida. Para algumas pessoas que sonham em virar esqueleto, portanto, isso pode acontecer literalmente, a sete palmos embaixo da terra. 

Eis algumas dessas dietas: 

1. Vinagre. Foi adotado por Lord Byron, ídolo da juventude romântica no início do século XIX; ele bebia vinagre para manter o peso, e os efeitos colaterais disso incluíam vômitos e diarreias. O poeta inglês morreu bem cedo, aos 36 anos, e talvez a dieta maluca do vinagre tivesse contribuído para isso. 

2. Pílulas milagrosas. Pior do que a anterior foi a dieta com "pílulas milagrosas", em voga nos séculos XIX e XX; muitas dessas pílulas continham substâncias para lá de estranhas, como estricnina e arsênico. A pessoa perdia peso, mas também a vida, principalmente quando tomava doses acima do indicado pelos propagadores desses 'milagres'. 

3. Tênia (solitária): Não chegava a matar, mas era bem asquerosa, com a ingestão de ovos de um verme chamado de "solitária". Geralmente, muitos desses ovos eclodiam, mas apenas um viveria até a fase adulta, como um verme branco gigantesco em forma de fita, com até 9 m de comprimento, mais comprido do que um ônibus. Ele viveria sozinho no intestino, daí o nome, alimentando-se da maior parte de tudo o que o hospedeiro comia. Quando a pessoa estava satisfeita, o que muitas vezes não ocorria, tomava um vermífugo para expelir o bicho.

4. Dieta do Dr. Fletcher. Consistia em mastigar incessantemente durante dezenas ou até centenas de vezes antes de engolir; foi implementada pelo Dr. Horace Fletcher no início do século XX e adotada por gente famosa como o escritor Franz Kafka. A pessoa perdia a vontade de comer graças a isso, pois qualquer um ficaria sem apetite depois de ficar mastigando tanto. 

5. Dieta da Lua. Esta dieta até hoje é seguida, graças à suposta influência da Lua sobre os fluidos, inclusive os dentro dos organismos; assim, bastava ingerir líquidos, e somente isso, durante cada mudança de fase lunar; alguns vomitavam e atribuíram o efeito ao nosso satélite, quando na verdade estavam nauseados com a monotonia da dieta. 

6. Dieta do homem das cavernas. Os nossos ancestrais só comiam coisas naturais, sem essa de corantes, adoçantes, conservantes, frituras e outros elementos considerados tóxicos; por naturais, leia-se comida crua, carne inclusive, e nada de marinar como se faz com o carpaccio ou com o sashimi: é carne pura, mesmo, sem sal ou pimenta; depois, enfrente problemas como distúrbios digestivos, infecções, parasitoses e outras dificuldades enfrentadas milhares de anos atrás. 

7. Dieta do alfabeto. Coma só alimentos começados com determinada letra, como "A" de alcachofra, agrião, alface, almeirão (mas também açúcar e, segundo alguns, álcool), "B" de berinjela, brócolis, beterraba (mas também bolo, batata, biscoitos)... esta dieta possui alguns subterfúgios, principalmente para pessoas que sabem outras línguas; assim, pode-se comer uma torta inteira quando só se pode comer alimentos começados com a letra "P" (pois torta, em inglês, é pie). 

8. Dieta do algodão. Ficou famosa recentemente, pela adesão de algumas adolescentes que ingeriam bolinhas de algodão para encher o estômago e dificultar a absorção de outros alimentos; muitas vezes, algo dá errado, e as bolinhas passam a obstruir o intestino, causando vários distúrbios e até a morte. 

9. Dieta do fingimento (ou da mímica). Finja comer, só movimentando a mandíbula como se estivesse mastigando algo, como certas damas da alta sociedade francesa faziam no passado; além de ficar com dores musculares no rosto, você vai ficar parecendo um animal ruminante. 

10. Dieta da Bela Adormecida. Ao invés de comer, durma; tome um sedativo e passe alguns dias sem fazer nada além de dormir (Elvis Presley fez isso, mas nem assim deixou a fisionomia roliça, como provam as fotos post mortem do eterno rei do rock'n roll - pois é, fotografaram-no morto, para quem achava que ele ainda está vivo); o problema, além de perder tempo dormindo como um vagabundo, é se intoxicar com os sedativos, muitos deles tóxicos, como os barbitúricos.

Desse modo, não há outro jeito para perder peso a não ser a reeducação alimentar e adquirir alguma atividade física, nem que seja uma caminhada de meia hora. Acreditar em milagres quando o assunto é dieta pode fazer a pessoa perder não exatamente peso, e sim a razão, o bom senso ou até a vida. 

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