Só no seu quarto ano de mandato Dilma foi para Davos, para o Fórum Econômico Mundial. É uma chance para ela atrair investimentos para o Brasil.
Pena que, ao mesmo tempo, parece ser o pior momento. Muita gente já constatou as limitações na condição da economia, até mesmo fora do país. A inflação está alta demais, sempre próxima do teto da meta (6,5%). O crescimento do PIB sempre fica em torno de 2% ao ano, uma mesquinharia. Enquanto isso, os juros estão subindo e nunca na história deste país, parafraseando o eterno mentor da presidentA, se pagou tanto imposto.
Ela foi a Davos depois que a revista The Economist publicou uma capa já exposta aqui (aquela do Has Brazil blown it?). Nesta semana, a Pimco, maior gestora de bônus do mundo segundo o mercado, recomendou cautela ao investir no Brasil, causando nervosismo e uma queda de quase 2% na Bovespa, levando também o preço do dólar a R$ 2,40.
Para piorar tudo, as agências de classificação de risco estão analisando a situação do Brasil, e a Standard & Poor's já colocou viés 'negativo' na atual nota, BBB, no limite do grau de investimento. Outras agências, como a Moody's e a Fitch parecem tomar o mesmo caminho. Ou seja, corre-se o risco do Brasil ter sua nota, já preocupantemente baixa, ficar ainda pior, já bem na fronteira entre 'grau de investimento' e 'grau especulativo', onde o país esteve por décadas, até 2008, depois de um período de ascensão nas notas dos títulos decorrentes do Plano Real.
Dilma não poderá falar apenas da questionável atratividade da Copa do Mundo. Precisa provar que nosso país é atraente para o capital externo independentemente disso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário