sábado, 31 de janeiro de 2015

Janeiro termina

O primeiro mês deste ano já está acabando. 

Se considerarmos tudo o que aconteceu neste ano, podemos comparar o bebê (símbolo do "ano novo") com o de Rosemary (é daquele filme mesmo!): 

1. A posse da Dilma. 

2. Aumentos nas tarifas, a volta da Cide para os combustíveis, promessa de mais impostos para serem pagos e não termos o devido retorno em forma de melhorias na educação, saúde, segurança e infra-estrutura. 

3. Queda violenta nas ações da Petrobras, que continua a estar nas mãos de predadores ávidos de dinheiro. 

4. Atentado no Charlie Hebdo. 

5. Ataques do Estado Islâmico na Ásia Ocidental e do Boko Haram na África. 

6. Ataques de forças russas no leste da Ucrânia. 

7. Crimes não devidamente reprimidos pela polícia. 

8. Ameaça iminente de desabastecimento em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas, no Espírito Santo, enfim, em toda a região Sudeste. Parece a ampliação do Polígono das Secas, aquela região do sertão nordestino. 

Não considero os acontecimentos que ainda estão por vir, como a alta da inflação, fruto da capacidade do governo petista em beneficiar seus filiados e prejudicar todo o resto da população. 

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A crise da Petrobras parece não ter fim!

Após um balanço divulgado pela estatal, omitindo o estrago causado pelo mega-esquema de corrupção comparável aos piores ataques de países por forças inimigas, o mercado deu uma resposta a esse trabalho: em apenas dois dias, o valor das ações da Petrobras despencou em quase 14%, com chance para cair ainda mais amanhã. 

Para tornar a imagem da empresa ainda pior, foi anunciado que os dividendos aos acionistas podem não ser pagos, admitindo, portanto, que a estatal teve prejuízo, e não lucro. 

A Petrobras sendo estraçalhada (charge de Ique, feita em 2013)

Enquanto isso, o sigilo fiscal e bancário do ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, foi quebrado. Ele ainda não se pronunciou, mas antes havia negado categoricamente qualquer irregularidade, apesar das evidências desmentindo-o. 

Temos também as reações desesperadas das várias empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato em tentar limpar suas imagens, diante do descalabro. Os executivos das construtoras continuam presos, e isso suscitou medidas de algumas delas, como a Camargo Correa, que alegou recolhimento irregular de provas (por meio de grampos telefônicos) em 2013, quando começaram a divulgar o escândalo. 

Este cenário torna insustentável a permanência de Graça Foster como presidente da Petrobras, apesar do apoio da presidente Dilma. 

Para terminar, a defesa de Nestor Cerveró, um dos ex-diretores da Petrobras responsável por desastres como a compra mega-faturada da refinaria de Pasadena, está brigando com as fábricas de máscaras para o Carnaval deste ano, já que muita gente quer fazer folia à custa dessa tragédia e da exótica aparência do ex-executivo. Parece surreal advogados muito bem pagos tentarem melar a maior festa popular da nossa esculachada nação. 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Da série 'Mondo Cane', parte 36 - Uma pequena lista de sites macabros

Existe muita coisa estranha na Internet, como sites que analisam as fotos mais fofas de cachorrinhos, reúnem apaixonados por ônibus (busólogos), debatem sobre teorias da conspiração mais extravagantes (como achar que fulano ou sicrano é membro dos "Illuminati") ou simplesmente mostram egos inflados.

Contudo, não existe nada mais bizarro do que apreciar tragédias, mutilações, mortes violentas e outras cenas que fazem a gente sentir o cheiro de sangue só de imaginar. 

Abaixo, temos aqui uma amostra de cinco desses sites. Recomenda-se pensar dezenas de vezes antes de querer ver um deles: 

1. Isto é Bizarro, um blog criado em 2007 para mostrar cenas incomuns encontradas ao longo deste mundo, inclusive as mais horríveis. 

2. Best Gore, especialista em cenas de violência, corpos mutilados, assassinatos e fotos tão grotescas que parecem fake

3. Morte Súbita, que mostra temas considerados "tabu", como satanismo, parafilias, bruxaria, etc. 

4. Planecrashinfo.com, onde são mostrados os piores acidentes aéreos, com ilustrações e tudo. 

5. Top secret animal attack files, dedicado exclusivamente a ataques de animais. 


Para mais sites perturbadores, consulte também o Reddit.com, caso tiver coragem. 

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O fim de uma abjeção completa 70 anos

Frutos da mente criativa dos nazistas para resolver o que eles consideravam um problema social na Alemanha, os campos de concentração transformaram judeus, ciganos, homossexuais e deficientes físicos em "algo útil" (segundo a mentalidade dos seguidores de Hitler), ou seja, fonte de trabalho escravo e eventual combustível para fornos. 

Auschwitz, o mais conhecido desses lugares, foi construído em maio de 1940 na atual cidade de Oswiecin, sul da Polônia. Na verdade, era um complexo de três campos principais: o primeiro (Auschwitz I) era destinado a receber os prisioneiros soviéticos e poloneses; o segundo (Birkenau) foi reservado aos judeus e o terceiro servia como um campo de trabalho forçado. 

Portão de entrada de Auschwitz I, com a irônica frase "Arbeit macht frei" ("O trabalho liberta") (Irek Dorozanski/Reuters)

Por quase cinco anos, durante a II Guerra Mundial, o complexo funcionou, matando cerca de um milhão de pessoas neste período, vítimas de fome, frio, executadas ou atiradas vivas aos fornos. O Exército Vermelho (da União Soviética) invadiu a Alemanha e, a 27 de janeiro de 1945, o complexo, destruindo-o parcialmente e libertando boa parte dos prisioneiros sobreviventes. 

Foi só então que o resto do mundo constatou com mais precisão o horror dos campos de extermínio. Antes, a tirania nazista era detestada pelo seu nacionalismo extremista, mas ao mesmo tempo admirada pela sua capacidade de organização e resistência, mas a partir da desativação dos campos de extermínio pelos Aliados (Estados Unidos, União Soviética, Grã-Bretanha, Resistência Francesa e outros) passou a ser vista como fruto de mentes doentias. 

Infelizmente, 70 anos depois da libertação dos últimos prisioneiros de Auschwitz, muitos ainda são favoráveis ao nazismo e outras ideias extremistas e antidemocráticas. Aparentemente, ainda estamos muito receptivos à intolerância e à selvageria, e poderemos pagar um preço bem alto por isso. 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Grécia e Egito voltam a chamar a atenção

Ontem, os dois países milenares voltaram a chamar a atenção dos estrangeiros, e com más notícias. 

No Egito, a repressão feroz do Exército e da polícia matou 16 pessoas que fizeram protestos pacíficos para relembrar os quatro anos do fim da antiga ditadura, exercida por Hosni Mubarak. Apesar de eleito por voto popular, o governo do general Abdul al-Sisi está bem longe de ser democrático, e impõe proibições típicas de ditaduras absolutistas islâmicas, como a de se manifestar livremente contra o governo e exercer o direito de expressar sua fé. Desde o tempo dos faraós, o país nunca teve democracia. O mais próximo disso foi o governo de Mohammed Mursi, da Irmandade Muçulmana (partido radical islâmico que só recentemente renunciou às práticas terroristas), eleito após a revolução que depõs Mubarak. Mursi, por sua vez, foi derrubado por um golpe militar formado pelas forças do atual regime. Mursi pode ser pendurado numa forca quando a Justiça assim determinar. Enquanto isso, os filhos do ex-ditador Mubarak foram soltos, inocentados das acusações de corrupção. O pai deles continua internado num hospital penitenciário.

Já na Grécia, a situação econômica está terrível. Cerca da metade dos jovens está desempregada, e o poder aquisitivo da população despencou. Isso gerou um cenário para uma espécie de populismo, algo parecido com o praticado na América Latina, inclusive o Brasil. O Syriza, partido que ganhou as eleições parlamentares ontem, quer rever todo o programa de austeridade imposto pelo antigo governo, do partido Nova Democracia. Como não conseguiu a maioria absoluta das cadeiras no Parlamento grego, o Syriza fez uma coalização com um partido ultraconservador e anti-liberal que prega a saída da Grécia do euro. As bolsas na Europa inteira sofreram queda, devido às possíveis consequências políticas nos países com mais dificuldades econômicas, como Espanha, Portugal e Irlanda. Houve também queda no valor do euro, para US$ 1,125 (em dezembro passado, a cotação era de US$ 1,250, segundo o site portalbrasil.net). 

Os dois países já tiveram seus momentos gloriosos, mas agora são duas nações que inspiram mais pena do que admiração.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Levy em Davos

Joaquim Levy está em Davos para explicar por que o Brasil está tão mal na economia. Com um perfil bem mais técnico do que a média do ministério e sem muito 'jogo de cintura' político, o ministro não usou meias palavras para definir a situação: "ano não será fácil" e "o resultado será negativo no curto prazo". Ele chegou a falar em "recessão" no primeiro trimestre, quando quis dizer "contenção", pois o termo mais forte é aplicado geralmente após três trimestres com resultado negativo. Infelizmente, devido ao desempenho da nossa economia, tudo indica que haverá, sim, recessão. 

O homem forte da economia brasileira está no Fórum Econômico Mundial (Bloomberg)

Enquanto isso, a presidentA foi para La Paz, onde Evo Morales, o colega boliviano, vai iniciar seu terceiro mandato, com a ambição de obter uma saída para o mar, tomada pelo Chile na Guerra do Pacífico em 1884. 

Ela está deixando a tarefa mais espinhosa para o seu ministro da Fazenda, enquanto a posse de um grande aliado seu é tarefa bem mais agradável. No final, todos devem se dar por satisfeitos: os 'bolivarianos', com o prestígio dado à nossa presidentA a um deles, e o Fórum Econômico Mundial, poupado de ter de ouvir as declarações da mandatária brasileira, conhecidas muitas vezes pela falta de nexo. 

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O Brasil não é para principiantes nem para experientes

Esta é uma versão da frase dita por Tom Jobim. Originalmente ele teria dito: "O Brasil não é para principiantes", por ser um país complexo e cheio de problemas para serem resolvidos. 

Na época do renomado compositor da MPB, os brasileiros estavam às voltas com problemas como a miséria, o analfabetismo, a criminalidade, os desmandos políticos, a inflação, a burocracia. 

Estes problemas não foram sanados. Ao contrário, alguns deles, como a criminalidade e os desmandos, agravaram-se. Outros foram minorados mas ainda preocupam muito, como a miséria e a inflação. Vieram outros problemas, como a redução da Amazônia (já em curso na época do mestre Tom, mas sem o mesmo destaque na mídia), as novas drogas, a dengue, a desindustrialização, os congestionamentos, as crescentes denúncias de adulteração no leite (antes, falava-se muito em água no leite, mas não em água oxigenada e nem em formol e soda cáustica).

O mundo já não era uma coisa simples. Havia a Guerra Fria, a corrida armamentista, as guerras, os conflitos raciais. Agora ficou muito pior, com a enxurrada de informações trazida pela Internet, assim como a guerra contra o terrorismo e a maior globalização nos negócios. Aliás, referindo-se à globalização, Tom viveu uma época onde não se divulgava essa palavra e a Internet, pelo menos no Brasil, só se popularizou após sua morte (1994). Poucas empresas, a não ser as transnacionais, exigiam o conhecimento do idioma inglês. Informática não era obrigatória. Agora, quem não souber inglês ou mexer num computador, tem poucas chances. 

Quanto à população, ela cresceu demais. Somos mais de 200 milhões. Quando Tom Jobim compõs Garota de Ipanema, eram pouco mais de 70 milhões vivendo nestas terras. Uma população maior demanda produção de alimentos na mesma proporção. Cresce a demanda por hospitais, escolas, creches, moradias. Ocupações irregulares e favelas só aumentam. 

Na época de Tom, a polícia era respeitada, e o bandido era temido. Agora, não há uma definição clara entre um e outro. Um policial foi o responsável, hoje, pela morte brutal e insana do surfista Ricardo dos Santos, amigo de outro grande esportista da área, Gabriel Medina. Sem falar em outros envolvidos em crimes como corrupção e tráfico de drogas. 

Nossa política já era digna de lástima, com o tal "rouba mas faz" consagrado pelo Adhemar de Barros. Piorou ainda mais: eles fazem verdadeiras pilhagens no NOSSO DINHEIRO sem ter a menor preocupação em gerar contrapartidas ao Brasil. O estrago provocado na Petrobras, assim como na indústria em geral, está sendo grande demais. 

Os talentos no Brasil, não só no futebol, eram proporcionalmente mais significativos em relação ao tamanho da população em geral, nos tempos do decano da Bossa Nova. E isso num tempo onde havia tão poucos universitários. No nosso tempo, eles aumentaram bastante em quantidade, mas não conseguem se destacar pois a qualidade do ensino conseguiu piorar. E por falar em futebol, não temos mais craques e estamos experimentando a decadência neste esporte, como provou o escandaloso 7 a 1 na Copa. 

Por fim, existe a cultura. Tom Jobim era um dos grandes na classe artística do país, ao lado de Vinícius de Morais, Caetano Veloso, Chico Buarque, João Gilberto, Carlos Drummond de Andrade, Guimarães Rosa, Portinari, Oscar Niemeyer, Fernanda Montenegro, Marília Pera, só para citar alguns nomes. Agora fica difícil citar alguém que se destaque neste meio e não produza pérolas do grotesco. É certo que alguns nomes acima estão vivos ainda, mas foram, em maior ou menor grau, postos de lado, sem receberem o devido respeito. 

Neste cenário, está difícil melhorar alguma coisa. Não conseguimos resolver os problemas conhecidos pelo mestre Tom, e ainda vieram outros. Nosso país está a cada ano mais difícil de lidar. Antes, só boas ideias não resolviam. Agora, nenhuma capacidade para resolver problemas é o bastante. Talvez nem no exterior se encontre alguém assim, nos Estados Unidos, no Japão, na Alemanha, na China.

Contudo, para aqueles que curtem textos pessimistas, é melhor parar por aqui.

Felizmente, temos ainda muita gente que, mesmo sem condições de resolver todos os problemas do Brasil, ainda acredita nele e trabalha para o nosso país continuar funcionando. Milhares de empresários e prestadores de serviço. Gente que se mantém informada e atenta, não aceitando tudo passivamente.

Dessa forma, é bom completar a frase do título: O Brasil não é para principiantes nem para experientes. É para os brasileiros.  

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Profecias que não se cumprirão

Já ficou provado que este blog não é de futurologia, pois boa parte das 'profecias' feitas no ano passado falharam. 

Mesmo assim, arrisco fazer algumas 'previsões' para este ano que começa (e começa muito mal, diga-se). Ninguém pode ficar muito preocupado, pois não vão se concretizar, apesar das evidências. 


1. O Brasil vai entrar em recessão, com queda de -2% em 2015. 

2. A inflação vai ficar em 10,1% neste ano. 

3. Haverá aumento nos desvios de verbas. 

4. O Brasil vai passar vergonha na Copa América (entre outros vexames, será goleado pelo Peru) e nas eliminatórias para a Copa da Rússia. 

5. No Rio de Janeiro, haverá recuo significativo na ocupação das favelas. O tráfico voltará com tudo. 

6. São Paulo vai enfrentar um rodízio severo de água, graças ao colapso total do sistema Cantareira. 

7. Berlim e Londres sofrerão terríveis atentados provocados pelo fundamentalismo islâmico. 

8. A capital da Ucrânia, Kiev, será invadida pela Rússia. 

9. Os terroristas do Boko Haram vão tomar o poder na Nigéria. 

10. Dilma Roussef vai sofrer um atentado a bala. 

11. Uma pessoa jovem e muito conhecida aqui no Brasil também vai morrer assassinada. 

12. Fidel Castro vai morrer (forcei a barra! hehehe!)

13. Haverá grande aceleração nas obras das Olimpíadas (esta foi pior ainda!)

14. Não veremos grandes manifestações, apesar da chiadeira e da insatisfação. O gigante não vai acordar de novo como em 2013. 

15. O ex-presidente do Egito Mohammed Mursi e mais algumas dezenas de pessoas serão enforcados. 

16. Dilma e Nicolas Maduro vão assinar um tratado para a criação de uma União das Repúblicas Socialistas Bolivarianas. 

17. Gabriel Medina, César Cielo, Arthur Zanetti e as Seleções Brasileiras de vôlei vão passar em branco. 

18. Cristina Kirchner vai renunciar à presidência da Argentina. 

19. Não haverá Black Friday pois o poder aquisitivo da população irá despencar no fim de ano. 

20. O Monte Fuji vai entrar em erupção, parecendo o Krakatoa, matando milhares de pessoas e causando um inverno vulcânico global para 2016. 

21. Um asteroide vai colidir em Brasília, mas infelizmente não vai cair no Planalto (iiihhh!!)

22. A Mega Sena da Virada vai ser ganha pelos mensaleiros e pelo pessoal envolvido no Petrolão (esta é a profecia mais furada, pois o pessoal citado já ganhou muito mais). 

sábado, 17 de janeiro de 2015

Traficante brasileiro é executado na Indonésia

Este blog já se manifestou contra a pena de morte por ela ser uma excrescência jurídica e um assassinato cometido por forças oficiais, mas também se posiciona pelo império da lei e pela soberania dos países. 

Hoje, Marco Archer, instrutor de vôo livre e traficante de cocaína de 53 anos, foi fuzilado em Nusakambangan, próximo a Java. Ele foi preso em 2003 por transporte de 13 kg de cocaína. É o primeiro brasileiro a ser executado no exterior. 

Critica-se a Indonésia por ela manter a pena de morte, inclusive para os estrangeiros que cometem crimes graves, inclusive tráfico de drogas. Mas fica feio criticar o país por aplicar com rigor as suas leis. Muito mais reprovável que isso é fazer como o governo brasileiro, que já chamou o embaixador do país em Jacarta (a capital da nação asiática) para consultas como forma de protesto. 

O México nunca fez isso quando cidadãos mexicanos foram executados nos Estados Unidos. Da mesma forma, os outros estrangeiros também executados na Indonésia não deram motivos para outros países suspenderem relações diplomáticas. A Holanda, antiga colonizadora da Indonésia, não cogitou tomar essa decisão: um dos fuzilados juntamente com Archer tinha cidadania holandesa. 

É desejável que todos os países parem de adotar a pena de morte, medida que depende de ações conjuntas dos governos. Porém, enquanto isso não acontece, as leis de cada país podem e devem ser aplicadas. 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Extendendo a moda das 'selfies'

No finalzinho do ano passado, fiz uma postagem sobre as selfies, esta moda ainda em voga. Naquela época, já se alastrava o uso de uma vareta para poder fazer as "auto-fotos" com maior riqueza nos detalhes. É o "selfie on a stick". Por aqui, principalmente a partir do começo deste verão, ficou conhecido mesmo como "pau de selfie". 

O recurso, é claro, foi alvo de brincadeiras. Várias selfies já eram estranhas, e com os tais "paus de selfies" não é diferente.

Esta foto até que não ficou tão estranha, apesar da mulher ter se arrependido de não ter arrumado a roupa para a selfie na praia. Pior são as seguintes!

Meu amigo, isso é lugar para fazer pau de selfie?

 Um passinho para trás? Nem pensar!

 Pau de selfie na periferia

Uma serventia a mais para o pau (sem pensar bobagem, por favor!)

Existe até um campeonato para lutas com pau de selfie.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Agrava-se a crise no Cantareira

Na cidade de São Paulo existe uma ameaça mais imediata do que o fundamentalismo islâmico, desafiado mais uma vez pelo Charlie Hebdo com uma nova edição com 3 milhões de exemplares, ilustrado por um de seus membros mais irreverentes, Renald "Luz" Luzier. É a terrível crise hídrica. 

Hoje finalmente o governador Geraldo Alckmin admitiu o óbvio: há racionamento. Ele só tomou essa decisão para responder à Agência Nacional das Águas e à Justiça, que aceitou uma liminar suspendendo a cobrança de multa para quem desperdiça água. Se o governo tivesse compromisso com a verdade, mais do que com a sua reeleição, já teria admitido bem antes, quando houve a redução no fluxo hídrico retirado do sistema, de 31 para 17 metros cúbicos por segundo. Muitos paulistanos entenderiam e não iriam votar em Alexandre Padilha, candidato do PT que explorou bastante a crise hídrica mas dificilmente faria algo melhor devido à sua inexperiência administrativa e falta de compromisso com o nosso Estado. 

Por outro lado, o novo presidente da Sabesp, Jerson Kelman, vai ordenar a redução ainda mais na captação do Cantareira: agora serão 13 metros cúbicos por segundo. À população, só resta continuar a economizar para evitar uma catástrofe, capaz de matar bem mais do que 17 pessoas - a quantidade de pessoas assassinadas em Paris por criminosos que se dizem seguidores do Alcorão. 

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Acabou mesmo o clima de 'réveillon'. Da pior forma possível.

2015 já começou, mas já em clima de medo, que logo substituiu a esperança no período do réveillon. Não bastava a posse do novo ministério com o perfume do formol do velho "toma lá dá cá". Agora o ataque à sede do Charlie Hebdo, em Paris. 

12 pessoas foram massacradas por radicais islâmicos isentos de qualquer sensatez, entre os quais o editor-chefe da revista, Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, famoso pelas charges mordazes contra os políticos, os religiosos e o Islã. Ele e seus companheiros, entre os quais Charles Wolinski, inspirador de chargistas brasileiros como Adão e Angeli e também escritor, foram abatidos sem piedade.

"Cem chibatadas, se você não morrer de rir" (charge que provocou um atentado à sede do Charlie Hebdo em 2011)



 A charge da direita provocou a ira dos islâmicos (embora também satirizasse os judeus). Na ilustração da esquerda, a prova de que a revista não faz "perseguição" apenas aos muçulmanos.


François Hollande não foi poupado das sátiras
 A peculiar homenagem do Charlie Hebdo aos falecidos

Após o atentado, os atiradores, possivelmente ligados à al-Qaeda e fluentes em francês, segundo as evidências, conseguiram escapar e a polícia parisiense ainda os está caçando. 

Esta terrível notícia é um atentado contra a liberdade de expressão, a imprensa, o Ocidente, a humanidade em geral. Devemos impedir que casos semelhantes ocorram, pelo bem do nosso futuro. Não vai adiantar ficar lamentando, como se 2015, um ano que mal começou, vá fatalmente ficar pior do que o detestável 2014.

A razão está do lado de Charlie Habdo, e não dos psicopatas que o atacaram.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

5 dias após a morte de 2014

Vou fazer os últimos comentários sobre o terrível ano que acabou faz cinco dias e as profecias a respeito dele: 

11. O fim do ano vai ser de contenção de gastos e será um Natal magro e desanimado, com muita gente com o saco mais cheio do que o do Papai Noel (de raiva do governo, do desemprego, da falta de dinheiro...). As lojas terão de fazer saldões após o Natal. Na Black Friday haverá um pouco mais de ofertas de verdade (aproximadamente 5% dos produtos). 
PARCIALMENTE VERDADE: realmente as pessoas resolveram comprar menos no Natal, obrigando as lojas a fazerem saldões; a Black Friday continua a ser um mero expediente para venderam tudo pela metade do dobro do preço. 

12. Muita gente vai morrer, inclusive famosos. Não só os idosos, mas gente jovem também. Acidentes, infartos fulminantes na rua, homicídios, suicídios. Um grande nome brasileiro, daqueles bem destacados na mídia, vai para o beleléu! (Isso está muito parecido com a mãe Dinah ou com o horroróscopo do blog...). Dica: não é o Neymar, para o alívio dos fãs. Também não é o Pelé, o Ronaldo, a Dilma, o Lula ou qualquer candidato à Presidência, para o desgosto de certas pessoas que querem sambar em cima do túmulo deles. 
ERRADO! Já escrevi a respeito sobre a morte de Eduardo Campos, um dos candidatos à Presidência. Pelé quase morreu de fato, devido a uma infecção renal. Porém, bem que muita gente gostaria de ver a Dilma "sentando no colo do capeta". 

13. São Paulo vai ter congestionamento recorde e terá racionamento de água entre setembro e novembro; a partir do final de novembro, vai chover bastante, para recuperar parcialmente os níveis dos reservatórios, que voltarão a ter um nível de 40 a 60% até o final do período das chuvas. Logicamente, com direito a muitos alagamentos, deslizamentos, prejuízos, mortes, mas isso é "normal" em períodos de chuva.
PARCIALMENTE VERDADE: São Paulo, apesar de seu péssimo trânsito, não teve um congestionamento recorde. Por outro lado, o racionamento de água é algo oficialmente descartado, embora diminuir a pressão da água desde a noite até a manhã do dia seguinte tenha o mesmo efeito. Os alagamentos e os prejuízos vieram, mas um dos reservatórios, o Cantareira, vai alcançar um nível de 40% talvez só em 2016, ou mesmo 2017.  

14. A Mega-Sena da virada vai para um pobre-diabo do sertão nordestino que não vai saber o que fazer com o dinheiro. (Tomara que eu erre essa profecia! hehehe...). 
ERRADÍSSIMO! A Mega-Sena foi para dois bilhetes de São Paulo (infelizmente eu não ganhei nem uma merreca), mais dois lugares longe do Nordeste: um bilhete da periferia do Distrito Federal e outro em Mato Grosso. 

15. Em 2015 este blog continua e haverá mais postagens sobre violência, corrupção, mortes, uma ou outra notícia boa, "oitentolatria", "Mondo Cane"...
VERDADE NUA E CRUA! Este blog vai continuar, e pelo menos esta profecia vai ser cumprida à risca. 

Agora deixemos 2014 para a História se encarregar dele. Vivamos 2015. Que ele seja pelo menos um pouquinho melhor...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Breves comentários sobre o início do novo mandato

Nossa presidentA tomou posse ontem e, no discurso feito no Congresso, ela disse priorizar a educação e o combate à roubalheira. Muita gente até agora está debatendo sobre isso, porque os fatos continuam a fazer forte contraste com o discurso, como parece ser a regra deste governo. 

Hoje, os novos ministros tomaram posse, junto com os antigos. Um deles é Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência, cargo ocupado antes por Gilberto Carvalho. Este último se destacou entre todos, em seu discurso de despedida. Ele respondeu a Aécio Neves, que diz ter perdido a eleição para uma quadrilha. Para Carvalho, "para eles (a oposição), pobre é quadrilha, essa é a quadrilha dos pobres". Mais uma vez, o velho hábito de satanizar a oposição. 

Governadores, os novos e os reeleitos, foram empossados, boa parte deles antes da presidentA, a exemplo de Geraldo Alckmin, cuja cerimônia foi na manhã de ontem. Ele tentou deixar a crise hídrica em segundo plano, mas o futuro presidente da Sabesp, Jerson Kelman, dissipou todas as esperanças daqueles que acreditam no milagre da recuperação da Cantareira a curto prazo. Agora o nível está em áridos 7,2%. No final de janeiro passado, estava em 22,4% sem contar o volume morto. Ainda há um risco bem considerável de desabastecimento severo em boa parte da cidade de São Paulo e várias outras abastecidas pelo Cantareira.